Antes da chegada de Jorge Jesus, o Flamengo vivia um momento de altos investimentos, mas resultados ainda abaixo das expectativas no futebol. Apesar de contar com elencos fortes e uma estrutura financeira sólida, o clube havia colecionado eliminações traumáticas, como a queda precoce na Libertadores de 2018 e derrotas em fases decisivas da Copa do Brasil. A equipe apresentava oscilações dentro de campo e não havia um modelo de jogo definido que refletisse o potencial do elenco.
No início de 2019, o Flamengo era comandado por Abel Braga, mas o desempenho irregular e a falta de um futebol vistoso causaram insatisfação interna e pressão da torcida. Apesar de nomes como Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Gerson já estarem no elenco, o time ainda não rendia tudo o que podia. Foi nesse contexto que Jorge Jesus assumiu, em junho, com a missão de transformar um time promissor em um campeão de fato.

Qual foi o impacto de Jorge Jesus no Flamengo?
A chegada de Jorge Jesus marcou uma ruptura com a tradição tática brasileira recente. O técnico português implementou um estilo de jogo agressivo, baseado em pressão alta, marcação adiantada, intensidade e posse de bola ofensiva. A equipe passou a dominar os adversários com autoridade, independentemente de jogar no Maracanã ou fora de casa. A transformação foi visível: o Flamengo de Jesus tornou-se um time que encantava e impunha respeito.
Os resultados foram imediatos. O clube conquistou o Campeonato Brasileiro com quatro rodadas de antecedência, somando 90 pontos em 38 jogos, com 86 gols marcados e apenas 37 sofridos. Além disso, levantou a taça da Libertadores da América de forma épica, com uma virada por 2 a 1 sobre o nos minutos finais. O Flamengo encerrava um jejum de 38 anos sem conquistar o principal torneio do continente, e o fazia com um futebol dominante, empolgante e moderno.








