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São Paulo confirma saída de Dorival Júnior para assumir seleção brasileira

Técnico estava no radar do comando da amarelinha desde a demissão por telefone de Fernando Diniz; equipe tricolor informou desligamento através de nota oficial

Dorival Júnior é o novo técnico da seleção brasileira. Mesmo sem a oficialização da CBF, o São Paulo informou publicamente neste domingo, 7, que o técnico solicitou o desligamento para assumir o comando da equipe nacional. O treinador estava no radar desde a demissão por telefone de Fernando Diniz.

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Em nota oficial da equipe tricolor, Dorival justificou a decisão: “É a realização de um sonho pessoal, que só foi possível porque tive o reconhecimento do trabalho desenvolvido no São Paulo”. O presidente do clube também se manifestou: “Dorival tinha uma proposta de reajuste e ampliação do contrato com o São Paulo também até o fim da minha gestão, em 2026, com todas as garantias para uma estabilidade. Resta desejar boa sorte em seu novo desafio”.

O técnico que estava desde março no São Paulo, onde conquistou a última edição da Copa do Brasil, jamais escondeu o sonho de assumir o comando da amarelinha. Em entrevista à PLACAR de julho de 2023, disse ainda nutrir o sonho pelo cargo mesmo com Diniz na função.

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“Não [desisti]. Eu acho que se um dia acontecer, vai acontecer no momento certo”, afirmou na ocasião.

Dorival: 27 jogos e 58% de aproveitamento até aqui pelo São Paulo - Alexandre Battibugli/Placar
Dorival posa para a PLACAR pouco antes do título da Copa do Brasil – Alexandre Battibugli/Placar

A saída do Tricolor Paulista se dará com o pagamento da multa contratual de aproximadamente dois milhões de reais – calculada pela soma de três salários. Ele tinha vínculo até o fim do ano. A passagem foi encerrada com 25 vitórias, 13 empates e 16 derrotas em 54 partidas, um aproveitamento de 54,3%.

No último ano, na mesma entrevista, ele contou ter alimentado expectativas controladas em torno de uma possível oportunidade no cargo, embalado pelos recentes títulos da Copa do Brasil e da Libertadores com o Flamengo, no fim de 2022.

“Eu acho que a expectativa todo profissional tem. Você pode até achar que as suas possibilidades sejam um pouco maiores, um pouco menores, mas todo profissional tem. Eu sempre tratei isso com muito equilíbrio. Eu nunca me empolguei e, nem tão pouco, achei que tivesse totalmente descartado. De repente, pela forma como foi lembrado o meu nome, pode até ter sido ventilado, pode ter acontecido, mas nunca criei uma expectativa muito grande e nem tão pouco deixei de tê-la”, explicou o treinador, que ainda elogiou Diniz:

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“O Diniz é um profissional muito preparado. É um cara estudioso, que tem uma visão própria de futebol e isso tem que ser respeitado. É um cara que eu não tenho dúvida que terá uma carreira muito sólida e brilhante pela frente. Pela capacidade que possui, pelas condições que apresenta, enfim, e pelo ser humano que ele é”.

Dorival ainda questionou a possível escolha por um técnico estrangeiro, indicando que um nome brasileiro seria o mais adequado. A única excessão seria pela contratação de Pep Guardiola, do Manchester City.

Diniz: demissão por telefone e números 

Diniz foi informado da demissão nesta tarde por telefone. Ednaldo teceu elogios ao trabalho, mas informou que precisaria de um treinador fixo no momento e que não gostaria de tirá-lo do Fluminense.

A seleção brasileira adulta só volta a jogar em 23 de março, diante da Inglaterra, em Wembley. Ela ainda terá amistosos contra Espanha e México, antes do início da Copa América em junho.

Na última quinta, 4, o Supremo Tribunal Federal soltou uma liminar, sob o poder do ministro Gilmar Mendes, que recolocou Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. Com isso, a decisão da Justiça do Rio de Janeiro foi suspensa. O caso ainda não está definido e vai a plenário, sem data definida.

Técnico Fernando Diniz divulgou lista com novidades - Rodrigo Ferreira/CBF
Diniz teve desempenho tímido pela seleção – Rodrigo Ferreira/CBF

Diniz, que conciliou o cargo com suas funções no Fluminense, não conseguiu aplicar sua metodologia na seleção em tão pouco tempo e colecionou péssimos resultados como interino. Em seis jogos, ele somou duas vitórias, um empate e três derrotas, a última delas diante da Argentina, no Maracanã, a primeira derrota em casa do Brasil na história das Eliminatórias.

Dentre outras marcas negativas, foi com Diniz que o Brasil perdeu seu primeiro jogo para a Colômbia em Eliminatórias e sofreu sua primeira derrota para o Uruguai em todas as competições desde 2001.

 

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