Publicidade
Publicidade

Retrospectiva 2023: Cano, Endrick e outros craques do ano

Os melhores atletas da temporada, que levantaram títulos e foram protagonistas em suas equipes, além da Suárezmania como grande atração do futebol brasileiro

(Conteúdo divulgado na PLACAR de dezembro, Melhores e Piores de 2023, já disponível nas bancas e em nossa loja no Mercado Livre)

Publicidade

GERMÁN CANO

O ano todo ele fez o L (de Lorenzo, Leonella… e Libertadores)

Poucos jogadores podem se orgulhar de ter feito 40 ou mais gols em uma temporada. Germán Cano chegou lá no ano passado e repetiu a dose em 2023. Para que se tenha ideia do tamanho da façanha, o último a alcançá-la havia sido Romário, pelo Vasco (por três anos seguidos, de 1999 a 2001). Desde sua chegada ao Fluminense, o roteiro tem sido o mesmo: quando a bola chega ao pé do argentino, basta um toque, numa mínima brecha para finalizar. Após balançar as redes, ele corre para a câmera e faz o duplo L – em homenagem aos filhos Lorenzo e Leonella. Aos 35 anos, Cano chegou ao ápice da carreira e já há quem o aponte como o maior ídolo da centenária história tricolor. A partida de gala contra o Flamengo na final do Estadual valeu o título e a artilharia da competição. O Rio ficou pequeno, e Cano repetiu a dose na América toda. Com 13 gols, incluindo o que abriu o caminho para a vitória sobre o Boca na final no Maracanã (com um toque esperto de primeira, claro), ele foi o goleador e craque do torneio. Vale lembrar que a temporada não terminou para o camisa 14, que ainda pode fazer o L no Mundial de Clubes na Arábia Saudita.

Galo quebra sequência de 10 jogos e volta a vencer na temporada, a primeira de Felipão - Foto: Pedro Souza / Atlético
Campeão somente do estadual, Hulk cravou 30 bolas nas redes em 2023 – Foto: Pedro Souza / Atlético

HULK
Aos 37 anos, o incrível Givanildo segue imparável no ataque do Galo

Um metro e oitenta, 86 quilos e muito, mas muito talento. A regularidade e o poder de decisão de Givanildo Vieira de Souza, o popular Hulk, não deixam de impressionar. O Atlético-MG não viveu uma temporada dos sonhos, mas, se chegou à última rodada do Brasileirão sonhando com título, foi graças ao desempenho do atacante paraibano, que, aos 37 anos, segue jogando como uma máquina. Herói nas conquistas nacionais de 2021, o ídolo do Galo manteve o ritmo e formou uma dupla espetacular com Paulinho (leia mais sobre seu parceiro na página 46). Foi fundamental na conquista do tetracampeonato mineiro, com três gols nas finais diante do América. Não brilhou na Libertadores e amargou uma terceira eliminação seguida para o Palmeiras, desta vez nas quartas de final, mas nada impediu uma sequência de protagonismo no resto do ano. Hulk deve terminar a temporada como líder em participações de gol no país, com 30 bolas na rede e 14 assistências – só Cano pode superá-lo, durante o Mundial de Clubes.

Publicidade
Endrick marca para o Palmeiras no clássico contra o São Paulo - Cesar Greco/Palmeiras
Aos 17 anos, Endrick liderou o Palmeiras ao bicampeonato brasileiro – Cesar Greco/Palmeiras

ENDRICK
A ascensão do menino-prodígio

A expectativa em torno da joia mais reluzente do Brasil era tão alta no início do ano que resultou em críticas descabidas e precipitadas. O primeiro semestre de Endrick, apesar dos gols na final do Paulistão, foi de frustração, e o atacante de 17 anos passou mais tempo na reserva do Palmeiras do que em campo. Tudo mudou após a eliminação na Libertadores. O prodígio ganhou cancha e emendou uma ótima sequência no Brasileirão, sendo o grande símbolo da arrancada para o 12º título. Foi um deleite poder desfrutar de seu talento antes da ida para o Real Madrid, em julho de 2024.

Haaland marca duas vezes e decide clássico inglês - PAUL ELLIS / AFP
Haaland, o homem gol do multicampeão Manchester City de Guardiola – PAUL ELLIS / AFP

ERLING HAALAND
Um cometa que passa toda semana

Aqueles que pensaram que a união de Erling Haaland e Pep Guardiola não daria certo queimaram a língua. O técnico catalão mostrou que sabe, sim, jogar com um centroavante de ofício, e o norueguês segue sendo uma máquina de gols. O artilheiro do Manchester City quebrou inúmeros recordes (leia mais na página 61) e foi o principal responsável pela conquista inédita da Tríplice Coroa. Aos 23 anos, só ficou atrás de Messi na Bola de Ouro.

Bonmatí venceu a Bola de Ouro em 2023 - FRANCK FIFE / AFP
Bonmatí venceu a Bola de Ouro em 2023 – FRANCK FIFE / AFP

AITANA BONMATÍ
O ano perfeito da nova craque do Barcelona

Aitana Bonmatí viveu o sonho de qualquer esportista. A meia de 25 anos empilhou os mais importantes títulos pelo Barcelona (Champions
League, liga espanhola e Supercopa da Espanha) e brilhou na inédita conquista da Copa do Mundo pela seleção espanhola. Não bastassem os troféus coletivos, a meia catalã de extrema visão de jogo também foi eleita a melhor jogadora da Europa, melhor jogadora do Mundial e Bola de Ouro pela primeira vez na carreira, sucedendo Alexia Putellas, sua colega de clube e de seleção, que vem sofrendo com lesões. A única competição que escapou de Aitana foi a Copa da Rainha, da qual o Barça foi excluído por uma escalação irregular. Ela fechou o ano com 45 participações em gols em 49 jogos. A coroa do futebol feminino está em ótimas mãos.

Publicidade
Suarez
Luiz Suárez, craque do Grêmio e a atração do ano – Lucas Uebel / Grêmio

A ATRAÇÃO DO ANO: LUIS SUÁRES
Luisito e Grêmio formaram um casamento repleto de bons momentos. Tê-lo no Brasil foi um privilégio para todos os amantes da bola. Mesmo na reta final de carreira, o uruguaio provou por que é o quarto maior artilheiro do mundo em atividade.

“Acontecerão coisas muito importantes”, avisou Luis Suárez, em bom português, ao se apresentar para mais de 30.000 gremistas na Arena. Contar com uma estrela dessa magnitude logo no primeiro ano de retorno à elite parecia um sonho para a torcida (e o time). A “Suárezmania” foi ótima enquanto durou.

O saldo final: 29 gols e 17 assistências em 54 partidas disputadas, com 19 vítimas diferentes, dezenas de estádios percorridos e dois títulos conquistados. Números que fizeram Luisito cravar seu nome em terras brasileiras.

Quarto maior artilheiro do mundo em atividade, atrás somente de Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Robert Lewandowski, o uruguaio caprichou no cartão de visitas: três gols na vitória por 4 a 1 sobre o São Luiz-RS, assegurando o título da Recopa Gaúcha. No Estadual, conduziu o Imortal ao hexacampeonato consecutivo com mais um gol na decisão, diante do Caxias. Foram sete tentos na campanha.

Mesmo longe das condições ideais e sofrendo com dores no joelho, Suárez cumpriu à risca o que se esperava dele. Contagiou com raça, elevou a mais de 100.000 o número de sócios do clube, foi decisivo e, claro, não perdoou o rival. “Os torcedores do Grêmio podem ficar tranquilos, pois em todos os clássicos que joguei, fiz gols”, avisou em entrevista exclusiva à PLACAR de março. Dito e feito: foram três Grenais, com duas vitórias e uma derrota, e duas bolas na rede contra o Inter.

A atuação mais memorável foi na vitória por 4 a 3 diante do Botafogo – três gols marcados para derrubar o então líder do Brasileirão, fazendo o Grêmio lutar pelo título quase até o fim. Não deu, mas Luisito devolveu ao torcedor o direito de sonhar e a todos os brasileiros a honra de vê-lo por aqui. Coroou a passagem com volta à seleção celeste. Deixará saudades.

Edição de dezembro de PLACAR: os melhores e piores de 2023
Edição de dezembro de PLACAR: os melhores e piores de 2023 – já nas bancas!
Publicidade