Bustos são para poucos no Brasil
Entre os ídolos dos 12 grandes do futebol brasileiro, poucos foram os jogadores que receberam a justa homenagem
Na maioria dos casos, entrar para a história de um clube ou se eternizar na galeria dos ídolos não passam de metáforas. As memórias de grandes momentos e jogadores, em geral, não passam disso: memórias. Mas há exceções: eventualmente, alguns ídolos acabam, de fato, materializados em forma de bustos ou estátuas.
No mundo inteiro, alguns se destacam, como a escultura Os Campeões, símbolo do estádio do West Ham-ING, imagem dos quatro campeões mundiais pela Inglaterra em 1966 que jogavam noclube. Outros, pela curiosidade, como o treinador húngaro Béla Guttmann, bicampeão europeu pelo Benfica que, ao sair do clube, teria afirmado que nem em cem anos o Benfica iria conquistarnovamente outra taça europeia (e teve toda razão).
Já aqui no Brasil, alguns clubes têm mais tradição de imortalizar seus ídolos em bustos, como Fluminense (possui sete), Corinthians (seis) e Palmeiras (quatro). O Tricolor carioca inaugurou este ano os bustos de Washington e Assis, o Casal 20, enquanto o Verdão homenageou Oberdan Cattani. Outros clubes preferem homenagear dirigentes, como o Atlético-MG, que possui o busto de três ex-presidentes, e o São Paulo, com Cícero Pompeu de Toledo (que também dá nomeao estádio) e Roberto Gomes Pedrosa.
O único a ter um torcedor imortalizado é o Fluminense, com o busto do escritor Nelson Rodrigues. Carlinhos, no Flamengo, é o único treinador. Em breve, outros dois devem ser inaugurados: o Palmeiras vai lançar o busto do goleiro Marcos, que será o mais jovem dos homenageados, e o Santos vai dar companhia ao óbvio busto de Pelé na Vila Belmiro: a imagem de Zito está sendo construída.