Batshuayi troca Fenerbahce por Galatasaray; relembre outras ‘traições’
Jogador belga chegou a ser ameaçado de morte em Istambul; relembre casos semelhantes de Ricardinho, Figo, Tevez e outros
O atacante Michy Batshuayi, 30, foi anunciado nesta segunda-feira, 1º, como novo reforço do Galatasaray, da Turquia. Seria uma transferência comum, não fosse por um detalhe: o jogador belga pertencia ao clube rival, o Fenerbahce, e por isso enfrentou a ira dos torcedores de seu ex-clube na Turquia.
De acordo com a imprensa local, Batshuayi, que somou 24 golos e três assistências em 43 jogos pelo Fener na última temporada, foi vítima de ameaças de morte e ataques racistas quando surgiram os primeiros rumores sobre a transferência. Antes, ele já havia atuado pelo Besiktyas, outro grande de Istambul.
O caso de Batshuayi fez lembrar o de outros nomes badalados, como Luís Figo, Van Persie, Ricardinho e outros que viraram casaca e desafiaram enormes rivalidades.
https://twitter.com/GalatasaraySK/status/1807803920862839093
https://twitter.com/mbatshuayi/status/1807872502737391980
Relembre na lista abaixo quais jogadores se transferiram diretamente para um rival:
Luis Figo (do Barcelona para o Real Madrid)
O caso mais emblemático de jogadores que trocaram de rivais ocorreu no ano 2000. O português Luis Figo trocou o Barcelona pelo Real Madrid naquela que, à época, era a transferência mais cara da história do futebol (60 milhões de euros). Sua chegada foi uma promessa de Florentino Pérez, à época um milionário anônimo, que garantiu que tiraria o craque do rival caso fosse eleito. A história foi narrada no documentário O Caso Figo: a transferência que mudou o futebol, disponível na Netflix. Tratado como “Judas” na Catalunha desde então, Figo atuou por 249 jogos, com 45 gols pela equipe merengue.
Robert Lewandowski (do Borussia Dortmund para o Bayern de Minunique)
O ano era 2014 e o Bayern de Munique anunciava a contratação do centroavante polonês Robert Lewandowski. Por ter assinado o pré-contrato, o atacante foi de graça de um rival para o outro. O atleta marcou incríveis 344 gols em 375 partidas. Diversos outros ídolos do Dortmund, como Mario Götze e Mats Hümmels fizeram o mesmo caminho (dentre os que receberam ofertas, Marco Reus foi o único a se manter a fiel ao clube aurinegro).
Robin Van Persie (do Arsenal para o Manchester United)
O holandês trocou o Arsenal pelo Manchester United, uma quebra de confiança com a torcida londrina, que até hoje não perdoou o atacante. Pelos Red Devils, o jogador marcou 58 gols em 105 jogos, incluindo contra os Gunners, que foi comemorado em grande estilo pelo holandês.
https://twitter.com/empire_mu/status/676487352345362434/video/1
Fred (do Atlético-MG para o Cruzeiro)
Em 2018, o atacante mineiro trocou o Atlético-MG pelo Cruzeiro. Na época, o jogador chegou a afirmar que era um “sonho” estar retornando ao clube celeste. O irreverente artilheiro causou controvérsia na época, pois chegou a dizer certeza vez que sua família toda era atleticana e depois que era cruzeirense. No Cabuloso, Fred marcou 29 gols em 78 jogos.
Dida (do Grêmio para o Inter)
Em 2014, Dida foi oficialmente anunciado pelo Internacional após passar o ano de 2013 no Grêmio. Aos 40 anos, o goleiro trocou um rival pelo outro em Porto Alegre e definiu a troca como “desafio”. Com o surgimento de Alisson, goleiro da seleção, Dida não foi bem aproveitado no colorado.
Carlos Tevez (do Manchester United para o Manchester City)
O astro argentino era um dos ídolos do Manchester United que em 2008 conquistou a Liga dos Campeões, formando um ataque histórico ao lado de Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney. No ano seguinte, Tevez causou revolta no lado vermelho da cidade ao se transferir para o rival City. Camisas chegaram a ser queimadas, mas o ex-corintiano seguiu erguendo troféus, com a Premier League e a Copa da Inglaterra.
Gonzalo Higuaín (do Napoli para a Juventus)
Na Itália, torcedores de clubes como Napoli e Fiorentina estão acostumados a perder seus ídolos para seu maior inimigo, a Juventus. A “traição” mais marcante dentre as recentes, foi a do argentino Gonzalo Higuaín, que trocou a idolatria que tinha no sul por uma transação de 90 milhões de euros, em 2016. Sua saída coincidiu com um período de recuperação do Napoli, que passou a brigar por títulos – e a novamente incomodar a Juventus.
Ricardinho (do Corinthians para o São Paulo)
Um dos casos mais recordados do país ocorreu em 2002, logo após o pentacampeonato no Japão, quando Ricardinho aceitou a proposta para deixar o Timão e atuar pelo São Paulo. Pelo rival, o ídolo alvinegro fez 74 jogos, com quatro gols marcados – e muitas críticas. À PLACAR, ele admitiu ter se arrependido da escolha (relembre no blog #TBT).
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