Barboza critica planejamento do Botafogo para 2025 após derrota
Envolvido nos dois gols do Racing na abertura da Recopa, zagueiro argentino ainda criticou arbitragem e falta de cobertura dos companheiros
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Atual campeão brasileiro e da Libertadores, o Botafogo atravessa momento conturbado. Após a derrota por 2 a 0 para o Racing no jogo de ida da Recopa Sul-Americana, no El Cilindro, em Buenos Aires, o zagueiro Alexander Barboza, envolvido nos dois lances de gol do jogo, reclamou da arbitragem e teceu críticas ao planejamento do clube carioca para 2025.
A ausência de um treinador efetivo após a saída de Artur Jorge foi um dos pontos destacados pelo zagueiro argentino. O auxiliar Claudio Caçapa vem atuando como técnico interino.
“Mudou muito. Na verdade, não temos o treinador do ano passado. O treinador de hoje só teve três treinos com a gente. É um técnico interino, não sabemos se vai ficar o ano todo. Os jogadores também mudaram. Saíram 16 jogadores, aos poucos, os reforços chegam. Muitos ainda não podem jogar, leva tempo. Alguns voltam de fora, precisam de adaptar ao futebol brasileiro. Acho que o tempo é curto, isso atrapalha”, afirmou Barboza à ESPN argentina após o duelo em Avellaneda.
“Não conseguimos ter uma nova ideia, fazer o que o treinador quer. O trabalho tem uma semana. É difícil que as coisas deem certo desse jeito. De toda forma, o grupo é unido e forte e vai trabalhar para reverter na semana que vem”, complementou.
Na decisão, o jogador cometeu um pênalti, que considerou injusto. “Não dá para jogar futebol com os dois braços colados no corpo. No pênalti eu estava com o braço junto ao corpo e tentei ganhar a bola. Eu ganho a bola, e o jogador do Racing que atinge o meu cotovelo. Tem que ter um critério”, argumentou.
Barboza também se envolveu na jogada do segundo gol, ao demorar para retornar à defesa, o que gerou reclamações de companheiros. Segundo ele, não houve cobertura.
“Nós somos um time. Quando um jogador deixa a sua posição, é outro que tem que fazer a contenção. Isso não aconteceu. Não sei o que houve ali atrás. A gente estava perdendo o jogo e sabíamos que tínhamos que empatar. Na jogada que eu antecipo, tenho a liberdade de procurar o resultado e buscar a bola na área, mas eu não sou 9, não sou centroavante. A gente tem que fazer as contenções e só eu faço em quase todos os jogos. A gente está acostumado a fazer a contenção, mas agora por cansaço ou, não sei o que aconteceu ali atrás… Vamos analisar junto ao time”,
No próximo domingo, 23, às 18h30, o Botafogo faz outro jogo decisivo, diante do Vasco, valendo vaga nas semifinais do Campeonato Carioca. Em sexto na classificação geral da primeira fase, o Glorioso precisa da vitória. Já pela Recopa, o campeão da Libertadores encara o Racing na próxima quinta-feira, 27, no Nilton Santos, precisando reverter uma desvantagem de dois gols.