A emoção de bater um recorde mundial longevo
A venezuelana Yulimar Rojas, de 25 anos, superou uma marca de 1995
Os recordes mundiais do atletismo são celebrados com euforia e comoção nos estádios olímpicos. É uma pena a vastidão silenciosa ter acompanhado um dos feitos mais espetaculares dos Jogos de Tóquio. A atleta venezuelana Yulimar Rojas, de 25 anos, que fora prata no Rio, em 2016, no salto triplo, desta vez ganhou o ouro, superou a marca olímpica e, de quebra, atingiu a maior distância da história. Ela superou uma marca mundial estabelecida há 26 anos, em 17 centímetros. Cravou em sua última tentativa 15m67. Virou a página da ucraniana Inessa Kravets, que fizera 15m50 em 1995.
O desempenho foi coisa de cinema. Logo no primeiro salto, ele conseguiu bater om recorde olímpico, com 14m40 – onze centímetros a mais do que Françoise Mbango, de Camarões, campeã em Pequim, em 2008. E então, no sexto e derradeiro salto, veio o olimpo. “Saio de Tóquio pela porta da frente, agradecida por esse momento único”, disse a atleta. Em Caracas, houve festa nas ruas. “Quando acordei de manha, imaginei que poderia ser um grande dia”, resumiu Yulimar.
A conquista faz lembrar os mais longevos recordes mundiais individuais do atletismo:
800 metros, de 26 de julho de 1983
Jarmila Kratochvilova (República Checa)
1m53s28
400 metros, de 6 de outubro de 1985
Marita Koch (Alemanha Oriental)
47s60
Arremesso de peso, 7 de junho de 1987
Natalya Lisovskaya (URSS)
22m63
Salto em altura, 30 de agosto de 1987
Stefka Kostadinova (Bulgária)
2m09
Salto em distância, 11 de junho de 1988
Galina Chistyakova (URSS)
7m52
Lançamento de disco, 9 de julho de 1988
Gabriele Reinsch (Alemanha Oriental)
76m89
100 metros, 16 de julho de 1988
Florence Griffith Joyner (Estados Unidos)
10s49
Heptatlo, 24 de setembro de 1988
Jackie Joyner-Kersee (Estados Unidos)
7 291 pontos
200 metros, 29 de setembro de 1988
Florence Griffith Joyner (Estados Unidos)
21s34