Ausente no top-30 dos finalistas ao prêmio Bola de Ouro, entregue pela revista francesa France Football ao melhor de cada temporada, o atacante brasileiro Rodrygo, do Real Madrid, já subiu o tom recentemente contra os critérios adotados pelas premiações que elegem o melhor jogador do mundo. Além da condecoração francesa, também há o Fifa The Best, gerido pela entidade máxima do futebol.
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Em entrevista exclusiva à edição de junho de PLACAR, ao ser questionado sobre as suas possibilidades e a de Vinicius Júnior, único brasileiro presente na lista, o Rayo disse “ser mais difícil para eles conquistar a premiação” e explicou ter dúvidas sobre os critérios que definiram as posições nas últimas edições.
“Ele [Vinicius Júnior] sabe que para a gente é um pouco mais difícil, né?”, iniciou dizendo o jogador de 23 anos, antes de ser provocado a explicar melhor a sua opinião. “Não sei, talvez por tudo que ele fez na outra temporada e não estava [entre os finalistas]. Eu digo por mim também. Ver outros caras assim na minha frente foi meio estranho, sabe? Então, acho que a gente tem consciência que tem que fazer sempre um pouco mais”, afirmou.
Perguntado se uma atuação decisiva na última final da Champions poderia ajudar, ele mencionou que os desempenhos na Copa América e na Euro também seriam levados em conta. Apesar do gol de Vinicius Júnior na final vencida por 2 a 0 diante do Borussia Dortmund, o companheiro teve desempenho criticado pela participação da seleção brasileira no torneio continental.
“Ganha bastante pontos [o jogador que decidir a Champions], mas como falei ainda tem Copa América e Eurocopa, que podem fazer muita diferença também. Não dá para falar antes. Depende muito também de como é o julgamento, se é por títulos, por gols, por quem realmente joga. Não dá para saber. Não quero entrar em polêmica, mas é um assunto que muita gente pensa igual ao que estou falando. Falo sem medo, é um pouco difícil de entender”, completou.
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Rodrygo apostou no amigo, dizendo que “se colocou em posição boa”, mas tem consciência e autocrítica que oscilações durante a temporada o atrapalharam na corrida.
“Isso de protagonismo é só fazer o que eu faço com mais frequência. Tive durante essa temporada alguns meses que eu me considerei o melhor jogador do mundo, então é só fazer isso mais vezes. Aí fica mais fácil para chegar. É um problema meu, senti nesta temporada que dei umas osciladas que não poderia. Se tivesse mantido, sem dúvida a discussão seria outra. Teve mês que eu estava muito bem e era só ter continuado, não ter parado e aí, sem dúvidas, falariam diferente de mim”, disse.
“É a meta de todo jogador. Todo jogador quer ser o melhor do mundo e eu sei que com as minhas qualidades, com as características que tenho de jogo, não fica mais fácil, mas se conseguir numa temporada botar tudo para fora tenho grandes possibilidades de um dia ser. Mas não é uma coisa que vai ficar martelando na minha cabeça. Quero ser melhor a cada dia, melhor a cada temporada e logo isso chega”.
Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 28 de outubro, em cerimônia no Théâtre du Châtelet, em Paris.
A premiação considera o desempenho dos jogadores durante a temporada europeia, abrangendo o período do segundo semestre de 2023 ao primeiro semestre de 2024. Além das competições locais, os torneios internacionais de seleções, como a Eurocopa e a Copa América, também entram na avaliação.
Ao todo, serão distribuídos dez prêmios, sendo a Bola de Ouro no masculino e no feminino os mais importantes da cerimônia. Entre os homens, a honraria de 2023 ficou com o atacante argentino Lionel Messi, do Inter Miami.
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