O brasileiro Lyoto Machida venceu Dan Henderson em fevereiro, no UFC 157, e foi confirmado como desafiante do campeão Jon Jones, entre os meio-pesados. Logo depois, porém, os chefões do UFC mudaram de opinião e decidiram colocar, primeiro, o brasileiro para enfrentar o americano Phil Davis, prometendo que uma vitória o colocaria na disputa pelo cinturão. Mas Machida não passou por Davis na madrugada deste domingo, no UFC Rio 4, ou número 163, e agora fica mais longe da disputa pelo cinturão.
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Em sua primeira luta no Brasil como atleta do UFC, Lyoto Machida caminhou até o octógono ao som da música O Que É, O Que É, de Gonzaguinha, para delírio da torcida, que cantou de pé. Na hora do combate, Machida foi um pouco melhor do que Phil Davis no primeiro round, controlou bem a distância, acertou bons golpes e quase conseguiu um nocaute, mas não terminou o combate. Especialista em wrestling, Davis buscou mais as quedas no segundo round, mas o brasileiro resistiu até os segundos finais, quando o americano conseguiu derrubá-lo e terminou o período por cima. No terceiro e decisivo round, Lyoto Machida tentou ser mais agressivo, mas Phil Davis se movimento melhor e venceu por decisão dos unânime dos juízes. “Não sei o qual a regra do UFC, não sei o que os juízes estão julgando. Acredito que o grito da torcida fala mais que qualquer coisa”, disse Machida.
Card principal – Depois de ser campeão da 1ª edição do The Ultimate Fighter Brasil, Cezar Mutante voltou ao octógono pelos médios na madrugada deste domingo no UFC 4, ou número 163, e venceu o também brasileiro Thiago “Marreta” Santos, que participou da 2ª edição do TUF Brasil. Pupilo do ex-campeão Vitor Belfort, Mutante não deu chances para Marreta mostrar o que treinou na academia. Logo nos segundos iniciais do primeiro round, Mutante conseguiu derrubar o rival e encaixou uma guilhotina que o fez desistir do combate. “Fiquei um tempo sem lutar por causa de duas cirurgias, mas voltei e quero representar o povo brasileiro”, comemorou Mutante, para uma arena bem mais esvaziada do que nas outras edições.
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O card principal começou com a luta entre os brasileiros John Lineker e José Maria “Sem Chance”, nos moscas. “Sem Chance” começou melhor, quase nocauteou o rival, mas perdeu a oportunidade e não manteve o mesmo ritmo no segundo round. Lineker aproveitou a oportunidade e conseguiu o nocaute no segundo round. Logo depois, o brasileiro Thales Leites venceu o inglês Tom Watson, entre os médios. Leites foi melhor nos três rounds, conseguiu excelentes ground and pounds, deixou o adversário completamente ensanguentado, mas o combate só foi decidido pelos juízes. O brasileiro também teve ótimas oportunidades para vencer no jiu-jitsu, mas Watson se mostrou resistente e não desistiu com os três tapinhas.
Card preliminar – Na primeira luta feminina no Brasil, Amanda Nunes nocauteou a alemã Sheila Gaff no round inicial e se tornou a primeira brasileira a vencer no UFC. Antes disso, os brasileiros foram superiores e apenas dois saíram derrotados. Viscardi Andrade estreou no torneio vencendo o americano Bristol Marunde, entre os meio-médios. Na sequência, em um dos combates mais vaiados da noite, os juízes deram a vitória para Francismar “Bodão” Barosso contra Ednaldo “Lula” Oliveira, entre os meio-pesados. Outra vitória brasileira, também por pontos, aconteceu quando Rani Yahya foi melhor que o americano Josh Clopton, nos penas.
A primeira derrota brasileira da noite foi de Iliarde Santos, por pontos, para o americano Ian McCall, nos moscas. Iliarde até foi bem na trocação, conseguiu boas sequências, mas McCall teve golpes mais contundentes nos três rounds. Para continuar a série de vitória brasileira, Serginho Moraes deu uma aula de jiu-jitsu e finalizou o americano Neil Magney no primeiro round, entre os meio-médios. Na última luta do card preliminar, Vinny Magalhães decepcionou e foi nocauteado pelo australiano Antonhy Perosh aos catorze segundos do primeiro round, nos meio-pesados.