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UFC Rio 3: começa a semana do show de Anderson Silva

Campeão desde 2006, ele já venceu os melhores de sua categoria. Enquanto os organizadores tentam achar um rival, o superastro faz lutas de exibição

A luta de sábado expõe um problema que o UFC vem tentando resolver, mas sem êxito: encontrar adversários para Anderson Silva

Cerca de 14.000 torcedores lotarão a Arena HSBC, no Rio de Janeiro, na noite de sábado, para acompanhar o brasileiro Anderson Silva em sua segunda luta na cidade num período de pouco mais de um ano (a outra aparição do Spider aconteceu no primeiro UFC Rio, em agosto de 2011). Neste intervalo, o campeão dos médios venceu o americano Chael Sonnen em Las Vegas, em julho, e se consolidou como o maior lutador da atualidade. Anderson Silva pensava em voltar ao octógono apenas em 2013, mas as lesões de Rampage Jackson e José Aldo levaram o campeão dos médios a se oferecer para salvar o evento. Anderson avisou que lutaria contra qualquer um na categoria meio-pesado, com exceção de Jon Jones. O escolhido foi Stephan Bonnar, de 35 anos, que estava quase aposentado. O americano ficou surpreso com a proposta, mas aceitou o maior desafio da sua carreira. Se para Bonnar a luta representa a melhor chance de sua vida, para Anderson ela não passa de uma exibição – muito acima dos concorrentes, o brasileiro se dá ao luxo de desfilar seu domínio no octógono enquanto não surge alguém capaz de reivindicar o cinturão.

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Quem venceria um duelo entre Jon Jones e Anderson Silva? E uma luta entre o Spider e Georges St-Pierre? Faça a simulação dos combates e saiba quem tem mais chances. Acesse o infográfico e confira as notas dos lutadores

Os ingressos para ver a primeira luta de Anderson Silva no Rio de Janeiro se esgotaram em menos de duas horas, bem diferente do que aconteceu na segunda edição, com José Aldo enfrentando Chad Mendes. Foi a estreia de Anderson no Brasil desde que o lutador virou um popstar numa modalidade que explodiu no país. Mesmo vestindo a camisa do Corinthians ao entrar no octógono, ele recebeu aplausos ensurdecedores dos torcedores cariocas e se demonstrou surpreso com o fanatismo do público. Nas últimas semanas, Anderson Silva disse que estava devendo outra apresentação para os brasileiros, depois que a revanche contra Chael Sonnen foi transferida para Las Vegas, em julho. Ao aceitar o desafio contra Stephan Bonnar, além de pagar sua dívida com os fãs, o campeão dos médios ganha mais moral com Dana White e deve colher algumas vantagens, principalmente financeiras, quando for renovar seu contrato.

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A luta de sábado expõe um problema que o UFC vem tentando resolver, mas sem êxito: encontrar adversários para Anderson Silva. O campeão dos médios já derrotou os principais nomes da sua categoria, com direito a algumas revanches. As alternativas estão cada vez mais escassas. O próximo desafio valendo título deve ser contra o vencedor de um provável duelo entre o americano Chris Weidman e o inglês Michael Bisping. O lutador britânico leva vantagem fora do octógono por ser conhecido pelas suas entrevistas polêmicas e provocações aos adversários, fatores que ajudam, e muito, a vender uma luta. Enquanto isso, exibições como a de sábado contra Stephan Bonnar – um combate em que Anderson não coloca em jogo seu cinturão – servem apenas para vender ingressos e manter o campeão em atividade. Anderson Silva também já demonstrou interesse em descer de categoria para enfrentar o campeão dos meio-médios Georges Saint-Pierre, em duelo que deve ocorrer em 2013 – isso se o canadense vencer Carlos Condit, que está com o cinturão interino da categoria. Acompanhe no site de VEJA, até o sábado à noite, a cobertura completa do UFC Rio 3 com a luta entre Anderson e Bonnar, direto do Rio de Janeiro.

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