Publicidade
Publicidade

Contra crise, São Paulo tenta aproveitar ‘exílio’ temporário

A equipe se prepara para enfrentar equipes como Bayern e Benfica na Europa. Maratona preocupa técnico – mas distância da pressão é vista com bons olhos

“Como vou fazer? Não há tempo para treino, e depois disso temos a viagem, que vai ser bastante desgastante. Se não há tempo para treinar, há muito menos para lamentar”, disse Autuori

Motivo de orgulho para a direção do São Paulo, a realização de uma excursão à Europa e à Ásia no mês que vem já é vista de outra forma pela comissão técnica da equipe. O treinador Paulo Autuori e seus auxiliares lamentam não ter tempo para trabalhar contra a crise – que ficou ainda maior na noite de quarta-feira, com a derrota para o Corinthians na final da Recopa. A equipe viajará no dia 29 para Munique, onde fará dois jogos pela Copa Audi. Na sequência, vai a Lisboa para enfrentar o Benfica. O destino final será o Japão, onde enfrenta o Kashima Antlers. “Vamos enfrentar o Bayern do Guardiola, só isso”, disse Autuori, ironicamente, em referência à primeira partida da viagem, contra o atual campeão europeu. “Isso já estava programado, não dá para ficar lamentando. Temos é que tentar tirar o máximo proveito disso. De repente, sair um pouco do Brasil pode ser até bom. Mas antes, há jogos pelo Campeonato Brasileiro. Precisamos ser inteligentes para administrar o esforço.”

Publicidade

Leia também:

Leia também: Corinthians vence rival de novo e conquista sua 1ª Recopa

A maratona começa antes mesmo da excursão. O São Paulo tem três compromissos em oito dias. O primeiro deles será frente ao Cruzeiro, no sábado, no Morumbi. No meio de semana, joga em casa de novo, contra o Inter. Por fim, vai reencontrar o Corinthians, no domingo, no Pacaembu. “É Campeonato Brasileiro, só tem pedreira! Como vou fazer? Não há tempo para treino, e depois disso temos a viagem, que vai ser bastante desgastante. Se não há tempo para treinar, há muito menos para lamentar”, disse Autuori. “Não é uma situação fácil, é óbvio. Vai ter que ser com papo e esperança de que, na prática, as coisas aconteçam. Não há nada a fazer a não ser tentar ajeitar o time com diálogo. Só sobrou essa opção.” Sobre o jogo de quarta, o técnico disse que “não há o que explicar”, já que o Corinthians foi muito melhor. “Faltou agressividade, efetividade, capacidade de jogar no campo adversário, de não aceitar a pressão. Isso tem seus motivos. Para mim, está claro por que isso acontece. Como reverter isso? Esse é o desafio que eu tenho.”

Acompanhe VEJA Esporte no Facebook

Siga VEJA Esporte no Twitter

Entre os jogadores, a derrota para o Corinthians e a série de insucessos preocupa cada vez mais. O São Paulo é equipe mais vencedora do Brasileirão, iniciado em 1971 – além de ter seis títulos, lidera várias estatísticas de pontos, vitórias e gols. Mas o clube poderá entrar na zona de rebaixamento no fim de semana, se não derrotar o Cruzeiro. “No ano passado vimos o que aconteceu com o Palmeiras, que entrou em uma zona perigosa e não conseguiu sair”, alertou o atacante Luis Fabiano, tentando não ser tão pessimista. “O momento é lamentável, mas temos de unir forças para reagir.” O São Paulo ocupa a 14ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 8 pontos, mas disputou um jogo a mais em relação às equipes que lutam para fugir da zona de rebaixamento. Por pontos perdidos, o time dirigido por Paulo Autuori só aparece à frente do lanterna Náutico.Para o capitão Rogério Ceni, não é hora de fazer cálculos, mas sim de mostrar serviço. “Devemos nos preparar e vencer. Precisamos de uma vitória urgentemente”, avisou o goleiro.

Publicidade

(Com agência Gazeta Press)

Continua após a publicidade

Publicidade