O piloto Rubens Barrichello criticou atual momento da Fórmula 1, em que o dinheiro tem falado mais alto que o talento, especialmente nas equipes menores. O brasileiro admite ter ficado surpreso com o afastamento de Luiz Razia da equipe Marussia, anunciado nesta sexta-feira por falta de pagamentos dos patrocinadores do piloto à escuderia.

Rubinho ficou sabendo da notícia após um treino da Stock Car, que começa no domingo, no Circuito de Interlagos, em São Paulo,”‘Ele perdeu a vaga? Eu não sabia. Hoje, não há mais 100% de talento na Fórmula 1. Todos sabem que existem vagas compradas. O mundo é assim. Você até pode entrar na categoria com dinheiro, mas não fica lá se não for bom o suficiente”, disse o piloto recordista de corridas disputadas na história da F1.

Leia também:

Sem pagamento, brasileiro Luiz Razia perde a vaga

“Seria hipocrisia da minha parte dizer que esse tipo de coisa é nova. Ocorre faz tempo. Vivi dezenove anos na Fórmula 1 e também tive o meu primeiro empurrãozinho antes de me segurar com talento. Conheço pilotos bons para caramba que mereciam estar lá e não vêm correndo por falta dinheiro. O meu lado está tranquilo. Podem até dizer que reclamo, tanto faz, pois já fiz o meu. Não cabe a mim ficar apontando’, afirmou Barrichello, que sabe bem do que está falando. Ao deixar a Williams, no fim de 2011, ele deu lugar a Bruno Senna, que trazia consigo patrocinadores pessoais. A própria escolha de Rubinho para 2013 teve a ver com dinheiro, já que ele não conseguiu bancar uma vaga para a temporada completa da Fórmula Indy como em 2012, e optou por disputar a Stock. ‘”Tudo começou a ficar difícil. A gente vive em um mundo que está precisando de dinheiro, e isso não é culpa de ninguém. A parte financeira do automobilismo de hoje em dia está muito mais complicada do que tempos atrás. Vi que nada aconteceria para mim na Indy e resolvi vir para a Stock Car, uma antiga paixão.”

Apesar da distância, Barrichello se sente à vontade para dar palpites sobre a próxima temporada da F1, mas sobe no muro e evita cravar um favorito. “O mexicano Sérgio Pérez é um menino dotado de talento, uma grande aposta. Para ele, não falta velocidade, e sim experiência. Já o Lewis Hamilton dará uma competitividade grande à Mercedes. Com esse companheiro, vamos saber o quanto o Nico Rosberg é bom de verdade Na verdade, está fora de cogitação fazer uma análise mais aprofundada agora. A gente não tem certeza se a Red Bull é o que estão falando, se existem outros carros em condições… Muita gente certamente está segurando cartas na manga. Não dá para saber’” concluiu.

Acompanhe VEJA Esporte no Facebook

Siga VEJA Esporte no Twitter

(Com agência Gazeta Press)

• Fórmula 1
• Rubens Barrichello

• Mais lidas

1

Placar

7 a 1, dez anos depois: onde estão os protagonistas do vexame

2

Brasileirão

Classificação atualizada e tabela da Série A do Brasileirão 2024

3

Brasileirão

Botafogo sobra contra o Galo e mantém perseguição ao Fla

4

Brasileirão

Palmeiras vence confronto direto contra Bahia e segue colado na liderança

5

Brasileirão

Vasco se distancia do Z-4 e mantém Inter em má fase