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A Mercedes voltará a fazer carros no Brasil em 2015

A montadora alemã confirma o regresso. Falta bater o martelo sobre o local da nova fábrica (São Paulo ou Santa Catarina) e sobre os modelos nacionais. Utilitários esportivos e hatches da família Classe A e um sedã Classe C estão cotados

A poucas horas da abertura do Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a Mercedes-Benz anunciou que voltará a produzir automóveis no Brasil. “Pretendemos ter o nosso primeiro modelo no final de 2015”, disse ao site de VEJA, o alemão nascido na Turquia Dieter Zetsche, presidente mundial da Daimler, que comanda a marca. Os alemães especulam que há possibilidade para modelos baseados na plataforma dos novos Classe A, como o hatch A, o sedã CLA e o utilitário esportivo GLA, previsto para ser apresentado nesta quarta-feira, em Frankfurt. Mas, não está descartada também a produção de um sedã Classe C, na nova fábrica.

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No final dos anos 1990, os alemães produziram a primeira versão do Classe A, na época uma minivan em sua linha de montagem de Juiz de Fora, Minas Gerais. Mas não se deram bem, nesta primeira investida. Apesar de moderno para a época, o carro não caiu no gosto dos brasileiros e vendeu menos de 8.000 unidades por ano, um quarto do que era esperado. O resultado é que a usina mineira atualmente fabrica caminhões e não mais automóveis. “Aprendemos que a primeira versão do Classe A não foi a melhor escolha para o mercado brasileiro naquele momento”, disse ao site de VEJA, o alemão Philipp Schiemer, presidente da Mercedes no Brasil. “Desta vez, de acordo com uma cuidadosa análise de mercado, a nossa aposta será por produtos que esperamos que façam muito mais sucesso”, concorda Zetsche. Isso apesar da concorrência garantida de duas velhas conhecidas, BMW e Audi, que também pretendem fabricar automóveis no país nos próximos meses.

Segundo executivos ligados à Mercedes-Benz, a região entre Campinas e Araraquara, no estado de São Paulo, é a favorita para receber a nova usina, que terá uma capacidade inicial de cerca de 30.000 carros. Santa Catarina corre por fora. “As duas propostas são diferentes: enquanto os incentivos catarinenses são baseados em ICMS, a proposta paulista oferece um financiamento de longo prazo por parte do banco de fomento estadual”, diz uma fonte ligada à montadora.

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Ao mesmo tempo, a Mercedes já anunciou que expandirá a rede de concessionários. Hoje a marca tem 23 pontos de venda. Espera ter cinquenta, pelo menos, no final do segundo semestre de 2015, quando os primeiros modelos da marca saírem da nova usina. Uma primeira vantagem é que, de cara, os modelos nacionais pagaram 30 pontos percentuais a menos de IPI na comparação com os importados.

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