Filho do atual comandante da seleção, italiano de 35 anos terá sua primeira experiência a frete de uma equipe profissional e contrato até o fim de 2026
O Botafogo anunciou nesta terça-feira, 8, Davide Ancelotti como seu novo treinador. Filho de Carlo Ancelotti, o italiano de 35 anos vai assumir o comando do clube e iniciar a sua primeira experiência como técnico principal de uma equipe após mais de uma década trabalhando como auxiliar do pai. O contrato vai até o fim de 2026.
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Na chegada ao Rio de Janeiro, Davide segurou uma bandeira do Glorioso e falou sobre o sentimento de assumir o clube carioca: “muito feliz, muito feliz. Obrigado!”, resumiu ele em português.
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Aposta do empresário americano John Textor, ele começou a trabalhar com Carlo em 2012 e acumula passagens como assistente por gigantes como Bayern de Munique, Napoli, Everton, Real Madrid e, mais recentemente, pela seleção brasileira. No Brasil, apesar de não ter contrato fixo com a CBF, participou da preparação para o jogo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias.
A escolha por assumir o Botafogo não o tira do ciclo da seleção. Segundo o jornal Marca, houve um acordo para que ele siga envolvido no projeto da Copa do Mundo de 2026, mesmo trabalhando no futebol brasileiro.
Com licença Pro da Uefa desde 2023, Davide Ancelotti já havia sido especulado por clubes como o Como (Itália), Rangers (Escócia) e Deportivo La Coruña (Espanha). Formado em Ciência do Esporte, começou a carreira como preparador físico no Paris Saint-Germain, em 2012, quando integrou a comissão técnica liderada pelo pai.
Acerca de seu estilo, o jovem já explicou ser entusiasta de um estilo mais ofensivo: “Prefiro um estilo de futebol um pouco mais vertical, mais ousado. Mas se eu tivesse que resumir minha ideia de futebol, diria que o importante é saber fazer muitas coisas em um nível muito alto”, afirmou em entrevista ao jornal espanhol Marca.
Segundo ele, o PSG de Luis Enrique é hoje o melhor exemplo de equipe completa: consegue manter a posse, pressionar, atacar com objetividade e defender em bloco baixo.
Apesar da influência direta do pai, Davide ainda diz que os dois quase nunca pensaram da mesma forma. “100% de discordância. Quer dizer, provavelmente houve mais vezes em que não concordamos. Ele precisa de pessoas que nem sempre concordem. Eu, por outro lado, ainda tenho muitas dúvidas e preciso de um ambiente que me aconselhe mais.”
A contratação foi conduzida diretamente por Textor, que buscava um nome capaz de renovar o projeto esportivo do clube após a saída de Renato Paiva. Davide será o sétimo técnico do Botafogo na era SAF.