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Fair play financeiro começa a ser discutido pela Comissão Nacional

Buscando melhoria na competitividade e sustentabilidade entre os clubes, o fair play financeiro enfim entra em discussão

Por Da Redação |

A Comissão Nacional de Clubes (CNC) deu início a uma discussão crucial para a implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. A primeira reunião aconteceu na sede da CBF, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de representantes de clubes como Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Flamengo e Palmeiras. Representantes das Séries B e C também marcaram presença.

Embora a discussão ainda esteja em fases iniciais, a reunião, que será mensal, tem como objetivo avançar na criação de regras que promovam uma gestão financeira mais responsável entre os clubes. A ideia é que essas medidas sejam implantadas até 2025. Entre os tópicos abordados estavam o calendário, a arbitragem, e, claro, o fair play financeiro.

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Fair play financeiro no Brasil: Uma necessidade urgente?

O conceito de fair play financeiro ganhou força recentemente devido a movimentações na janela de transferências e à necessidade de manter a competitividade no futebol brasileiro. Alguns clubes têm enfrentado dificuldades financeiras e acumulado dívidas insustentáveis.

Clubes como o Palmeiras demonstraram posicionamento favorável ao fair play, vendo nele uma oportunidade de equilibrar as finanças e promover uma competição mais justa. A implementação dessas regras também busca evitar situações onde clubes gastam mais do que arrecadam, colocando em risco sua sustentabilidade a longo prazo.

Quais são os benefícios do fair play financeiro?

Mas afinal, quais seriam os benefícios da adoção do fair play financeiro? Existem vários pontos positivos que podem ser destacados:

Esses benefícios não só ajudam na saúde financeira dos clubes mas também contribuem para um campeonato mais equilibrado e competitivo.

Como será a implementação?

Durante a reunião, os clubes concordaram em marcar novos encontros para planejar a implementação do modelo de fair play financeiro. Ainda sem uma data definida, essas reuniões futuras visam definir parâmetros e diretrizes que todos os clubes deverão seguir.

  1. Avaliação das Finanças: Criar um sistema para avaliar as finanças dos clubes periodicamente.
  2. Definição de Limites: Estabelecer porcentagens máximas de gastos em relação às receitas.
  3. Medição e Controle: Desenvolver métodos para acompanhar o cumprimento das regras.
  4. Sanções: Instituir penalidades para os clubes que não cumprirem as normas estabelecidas.

O que pensam os dirigentes sobre o fair play financeiro?

O tema ganhou maior destaque após declarações de figuras importantes do futebol brasileiro, como o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o dono do Botafogo, John Textor. As declarações de Landim viralizaram em grupos de WhatsApp, destacando a importância e urgência do fair play financeiro.

“Acho que só neste ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), ou seja, aproximadamente o número que você apresentou como sendo desde 2021. Isso para um clube que teve um faturamento de R$ 322 milhões no ano passado. Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro”, escreveu Landim em um grupo.

Por sua vez, Textor reforçou a importância de um modelo justo: “É sabido que gosto e respeito Rodolfo, e é verdade que acredito na ideia de trazer o fair play financeiro para o Brasil, mas posso confirmar que nossas receitas aumentaram de forma tão significativa que nossos níveis salariais atuais estão em apenas 45% das receitas.”

Diante desse cenário, o fair play financeiro não só se mostra necessário para garantir a competitividade entre os clubes, mas também para assegurar uma gestão mais responsável e sustentável do futebol brasileiro.

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