Tradicional corrida cerimonial com restrições, que começa em 25 de março, será transmitida ao vivo para evitar aglomerações nas ruas
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio declarou nesta quinta-feira, 25, que pode suspender o revezamento da tocha olímpica se houver sinais de aglomeração, a fim de evitar os riscos de infecção pelo novo coronavírus. Segundo Yukihiko Nunomura, executivo sênior da Tóquio-2020, a tradicional corrida cerimonial com restrições, que começará em 25 de março e percorrerá o Japão, será transmitida ao vivo para impedir ajuntamentos nas ruas. Os organizadores do evento pedem que o público apenas aplauda de longe a passagem dos corredores e não se engaje em comemorações mais efusivas.
Nunomura disse que os organizadores ainda não decidiram se realizarão o revezamento em Tochigi, agendado inicialmente para o final de março, porque a região pediu que atividades ao ar livre desnecessárias sejam evitadas durante a pandemia. “Se por acaso alguma aglomeração densa acontecer nas ruas, o revezamento da tocha pode ser suspenso, já que priorizamos a segurança e a proteção da população”, disse ele.
Medidas mais rígidas, como a ausência de espectadores, são possíveis, já que não se sabe como a pandemia de Covid-19 transcorrerá, disseram as autoridades. Nas cerimônias de revezamento da tocha será proibido comer e beber, mas o consumo de água será permitido para evitar o risco de insolação.
Os Jogos de Tóquio enfrentam uma série de obstáculos, como a oposição pública decorrente das preocupações de saúde e comentários machistas do ex-chefe do comitê organizador. Cerca de mil voluntários desistiram de participar do evento no mês passado, de acordo com os organizadores, período em que o então presidente do comitê organizador, Yoshiro Mori, renunciou por causa de comentários sexistas e uma mulher foi escolhida para substitui-lo.
Os voluntários são a espinha dorsal dos Jogos, já que fazem de tudo, inclusive conduzir pessoas aos locais de competição, traduzir e transportar visitantes. Os organizadores dizem não acreditar que isto afetará a realização do evento, já que o número de desistentes é somente cerca de 1% do total.
Com Agência Brasil.