Tite já projeta Copa do Mundo, com familiares na Rússia
Treinador quer que atletas e comissão técnica aproveitem as folgas do Mundial ao lado dos familiares. “Não tem como passar dez dias sem afeto”
Tite completou nesta terça-feira um ano no cargo de técnico da seleção brasileira e, garantido na Copa do Mundo de 2018, o técnico já começa a pensar na competição na Rússia. O treinador e o gerente de seleções Edu Gaspar concederam entrevista ao site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e falaram sobre o primeiro ano de trabalho e os planos para a o futuro.
Tite garantiu que familiares de jogadores e de membros da comissão técnica estarão presentes no Mundial da Rússia. “Tem de abrir a possibilidade te termos nossas famílias por perto, porque é desumano. Não tem como passar oito, dez dias sem ter afeto. Nem que seja para dormir na sua cama, ver seu filho, falar com seu amigo. Senão isso massacra”, disse o treinador.
“A convicção que eu tenho é que indo para a Copa precisamos de privacidade, mas também nas folgas temos de ter oportunidade de ver as pessoas de quem queremos bem. Senão parece que estar na seleção é um pecado, tem de estar enclausurado. Faça com responsabilidade, mas com prazer”, completou Tite.
O técnico confessou que teve receio ao aceitar aceitar trocar o Corinthians pela seleção brasileira, que na época não estava na zona de classificação para a Copa do Mundo. “Eu sabia que seria desafiador, porém era muito temeroso (…) Eu tinha medo, sim, de ser o técnico que não classificasse o Brasil pela primeira vez para uma Copa”.
Edu Gaspar, que defendeu diversas vezes a seleção brasileira como atleta, mas jamais disputou uma Copa do Mundo, celebrou a nova oportunidade agora como gerente. “Pude jogar a Champions League, a Premier League, mas uma Copa é um marco que fica gravado para pouquíssimos atletas. Tenho uma chance agora, exercendo um cargo diferente, o que me causa muito prazer e orgulho. Sem dúvida será uma realização pessoal e profissional. Pode ser um pouco de vaidade, mas sempre tive o sonho de participar de uma Copa”, exaltou o ex-jogador de Corinthians, Valência e Arsenal.