SAF do Náutico pretende injetar R$400 milhões no clube em 10 anos
Náutico negocia venda da SAF por R$ 400 milhões, visando estruturação e competitividade. A transação pode transformar clube financeiramente.

O futebol brasileiro tem atraído cada vez mais o interesse de investidores estrangeiros, e o Clube Náutico Capibaribe é um exemplo recente dessa tendência. O clube pernambucano está em negociações avançadas para a venda de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com uma proposta que envolve um investimento significativo no futebol do clube. Este movimento pode representar uma transformação importante para o Náutico, que busca consolidar sua posição no cenário nacional.
Inicialmente, os investidores propuseram um aporte de R$ 330 milhões, mas após negociações, o valor foi elevado para R$ 400 milhões. Este montante não apenas cobre contratações e salários, mas também melhorias estruturais abrangentes. O investimento visa beneficiar a equipe principal, as categorias de base, o futebol feminino e o futsal, demonstrando um compromisso com o desenvolvimento global do clube.

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Quais são os termos da proposta de investimento?
A proposta vinculante para a compra da SAF do Náutico inclui uma série de obrigações financeiras e estruturais. Um dos pontos mais destacados é a exigência de que o clube tenha a maior folha salarial da Série C, com a expectativa de que, em caso de promoção para a Série B, o Náutico esteja entre as cinco maiores folhas salariais. Esta estratégia visa fortalecer a competitividade do clube nas competições nacionais.
Além disso, o ex-jogador Fransérgio Bastos será uma figura central na gestão do futebol alvirrubro. Embora ele seja o CEO da agência de marketing esportivo Flashforward Group, sua participação no Consórcio Timbu será como pessoa física, sem ligação direta com a agência. Esta separação pode trazer uma nova perspectiva para a administração do clube.
Como o investimento afetará as finanças do clube?
Outro aspecto crucial da proposta é o pagamento das dívidas do Náutico. Para isso, o clube planeja vender parte do terreno do Centro de Treinamento Wilson Campos, localizado na Guabiraba. Esta medida visa sanar dívidas tributárias, permitindo que o clube inicie uma nova fase com uma situação financeira mais estável.
Com a assinatura da proposta vinculante, tanto o clube quanto os investidores assumem compromissos mútuos, incluindo penalidades financeiras em caso de rompimento do contrato. No entanto, a concretização da venda das ações da SAF ainda depende da aprovação do Conselho Deliberativo e de uma Assembleia Geral de Sócios, etapas obrigatórias que, se não aprovadas, não acarretam multa contratual.
O futuro do Náutico no cenário nacional
Se aprovada, a venda da SAF pode representar um marco na história do Náutico, permitindo ao clube não apenas sanar suas dívidas, mas também investir em infraestrutura e talento. A presença de Fransérgio Bastos na gestão do futebol pode trazer novas estratégias e parcerias, potencializando o desempenho do clube em campo.
Este movimento reflete uma tendência crescente no futebol brasileiro, onde clubes buscam parcerias com investidores para garantir sustentabilidade financeira e competitividade. O caso do Náutico pode servir de exemplo para outros clubes que enfrentam desafios semelhantes, mostrando que a abertura para investimentos pode ser uma solução viável para alcançar novos patamares no futebol.