Ronaldo lamenta ‘portas fechadas’ e retira candidatura à CBF
Fenômeno havia manifestado em novembro intenção de concorrer à eleição para presidência da entidade que controla o futebol brasileiro

O Ronaldo Fenômeno anunciou nesta quarta-feira, 12, que desistiu da candidatura à presidência da CBF. O ex-jogador, que havia manifestado a sua intenção em novembro do ano passado, escreveu nas redes sociais que encontrou ‘portas fechadas’ nas federações, que estão ligadas ao atual presidente Ednaldo Rodrigues.
De acordo com o ex-camisa 9 da seleção brasileira, 23 das 27 federações se recusaram a ter uma reunião para apresentação das propostas. As federações compõem uma parte importante dos votos para a eleição do presidente da CBF.
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“Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, escreveu Ronaldo em sua conta no Instagram.
A nova eleição para presidente ainda não está marcada. Em novembro do ano passado, as federações mudaram o estatuto e admitiram um terceiro mandato para o presidente.
Ednaldo cumpre mandato desde março de 2022. Ele antes havia cumprido mandato interino ao substituir Rogério Caboclo, afastado por denúncias de assédio moral e sexual.
Confira a declaração de Ronaldo Fenômeno
Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.