Presidente do Atlético acusa Edilson, do Cruzeiro, de xenofobia
Comentários do lateral cruzeirense sobre o meia venezuelano revoltaram atleticanos. Ricardo Oliveira fez homenagem ao colega, expulso na final do Mineiro
O presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Sette Câmara, fez duras críticas ao lateral-direito Edilson, do Cruzeiro, que se envolveu em polêmica após expulsão do meio-campista atleticano Rômulo Otero na decisão do Campeonato Mineiro, vencido pela equipe cruzeirense no último domingo. Para Sette Câmara, as declarações de Edilson após o jogo podem ser classificadas como xenofobia (preconceito contra estrangeiros).
Na saída do Mineirão, Edilson desdenhou do jogador rival e chegou a citar o fato de Otero ser venezuelano . “Com todos os meus adversários eu chego firme e vai ser assim. Quem é Otero? Otero… seleção venezuelana. Não é p… nenhuma”, disse o lateral do Cruzeiro em entrevista ao SporTV. Otero e Edilson se estranharam ao longo do jogo e o meia venezuelano foi expulso por acertar uma cotovelada no adversário.
A declaração não foi bem vista pelo lado atleticano. O presidente Sérgio Sette Câmara lamentou a entrevista e disse que o caso pode ser interpretado, inclusive, pelo Ministério Público, como xenofobia. “Com relação a esta declaração desse jogador que andou falando mal do Otero, digo que é um desqualificado. Esse tipo de declaração deve ser processado até por xenofobia e, o Ministério Público, se entender cabível, pode tomar as providências, ou o próprio jogador, se se sentir ofendido”, destacou o mandatário.
Apoio de Ricardo Oliveira
Otero não se pronunciou sobre o assunto e nem foi receber sua premiação pelo troféu promovido pela emissora de TV que detém os direitos de transmissão do Estadual. O jogador recebeu apoio especial do atacante Ricardo Oliveira, em uma postagem nas redes sociais.
“Fica aqui minha homenagem a este companheiro de profissão. Irmão, quero te dizer que tenho muito respeito pela sua nacionalidade e por todas as pessoas da Venezuela por me tratarem com todo o respeito quando precisei ir ao seu país para trabalhar.”