Donos da empresa que é a principal parceira do clube postaram mensagem enigmática nas redes sociais, mas presidente não parece disposto a trazer de volta o ídolo chileno
O chileno Jorge Valdivia deixou o Palmeiras no início do segundo semestre e, aparentemente, deixou saudades nos torcedores. Nesta quinta-feira, o perfil da Crefisa, um dos patrocinadores do clube, postou uma foto em seu Facebook com tom enigmático e levantou hipóteses sobre uma possível volta do meio-campista. “Qual é seu maior desejo para 2016?”, diz a legenda da foto em que Valdivia aparece ao lado de José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, os donos da empresa. A postagem recebeu milhares de comentários, a maioria favorável à volta do chileno.
No entanto, o Palmeiras – clube que mais contratou em 2015, com 25 reforços -, já avisou que não pretende investir em grandes estrelas para o próximo ano, o que torna o retorno de Valdivia pouco provável. O meia de 32 anos está no Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, onde recebe altíssimos salários. Valdivia deixou o clube em julho reclamando de um suposto “descaso” da diretoria.
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Atrito – A foto de Valdivia com os donos da Crefisa pode sinalizar um novo abalo na relação entre a patrocinadora e o presidente Paulo Nobre. Mantidas pelos mesmos donos, a Crefisa e a Faculdade das Américas (FAM) fazem mais do que pagar para exibir suas marcas na camisa do Palmeiras. Os investimentos chegaram a aproximadamente 100 milhões de reais e ajudaram nas contratações de Lucas Barrios, Thiago Santos, Leandro Almeida e na renovação do contrato de Vitor Hugo até agosto de 2020.
No entanto, a relação entre o Palmeiras e os patrocinadores ficou abalada no segundo semestre. Leila Pereira se irritou com a intenção da diretoria do clube de relançar uma camisa comemorativa da década de 1990 com o logo da Parmalat, parceira do clube na época. A empresária concedeu entrevistas reprovando a postura do presidente Paulo Nobre e ameaçou romper o acordo com o Palmeiras. Após o incidente, o clube conversou com a fornecedora de material esportivo Adidas e suspendeu o lançamento do modelo.
A guerra entre as partes teve sequência após o título da Copa do Brasil. O time não convidou nenhum patrocinador para a festa de comemoração no dia seguinte à conquista sobre o Santos. A decisão de Paulo Nobre expôs o mal-estar existente na relação. Em um evento de exibição do troféu aberto à torcida na FAM, Lamacchia fez questão de tirar fotos e conversar com membros da Mancha Alviverde, organizada que costuma se posicionar contra Nobre.
Leila Pereira ainda concedeu entrevistas dizendo que esperava a diretoria palmeirense pedir dinheiro para realizar contratações para a próxima temporada. As declarações da empresária foram prontamente rebatidas por Nobre, que se negou a buscar reforços com novo aporte financeiro dos empresários.
(com Gazeta Press)