Para diretor da Globo, acusar Fifa de racismo é ‘bobagem’
Luiz Gleiser, responsável pelo sorteio, defendeu escolha de Fernanda e Hilbert





















“Vejam o elenco do sorteio e digam se alguém pode ser acusado de racismo?”, afirmou Gleiser, em referência à presença de Alcione, Alexandre Pires, Olodum e Margareth Menezes como atrações musicais da festa
Acusar a Fifa de racismo por causa da preferência pelo casal Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, apresentadores do sorteio oficial dos grupos da Copa do Mundo, na sexta-feira, na Costa do Sauípe, é uma grande bobagem, diz o responsável pela direção artística da festa, Luiz Gleiser. Executivo da TV Globo e da GEO, o braço de promoção de eventos do grupo, Gleiser falou nesta segunda-feira, na Bahia, sobre a organização da cerimônia – e mostrou irritação ao ser questionado sobre as cobranças contra os cartolas estrangeiros depois que Camila Pitanga e Lázaro Ramos foram preteridos na hora de escolher os anfitriões do show. De acordo com Gleiser, a escolha foi baseada em outros critérios – e a Fifa não pode ser acusada de racismo porque a seleção não foi feita por ela. As queixas contra a ausência de Camila e Ramos, nomes inicialmente cotados para comandar a transmissão, começaram nas redes sociais e chegaram até o Ministério Público – nesta segunda, o Radar on-line de VEJA revelou que um promotor paulista abriu um procedimento para “apuração de eventual crime de racismo” cometido pela Fifa. Camila e Ramos teriam sido indicações do próprio Gleiser, mas o diretor defendeu nesta segunda os apresentadores escolhidos.
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“Vejam o elenco do sorteio e digam se alguém pode ser acusado de racismo?”, afirmou Gleiser, em referência à presença de Alcione, Alexandre Pires, Olodum e Margareth Menezes como atrações musicais da festa. “Além do mais, a Fifa não tem nada a ver com isso. Foi uma decisão do Comitê Organizador Local, depois de ouvir a gente e a Fifa.” De acordo com o diretor, outros nomes cotados para a tarefa de apresentar o sorteio foram Gisele Bündchen, Fernanda Torres, Rodrigo Santoro e Márcio Garcia. Fernanda e Hilbert acabaram sendo os escolhidos, segundo ele, por causa do desempenho do casal na apresentação do logotipo da Copa, numa cerimônia diante da imprensa de todo o mundo, na África do Sul, em 2010. “Eles se saíram muito bem”, disse Gleiser, elogiando a “simpatia” do casal e classificando de “bobagem” as críticas de quem acha que Camila e Lázaro seriam mais representativos da população brasileira. Luiz Gleiser, aliás, disse que um dos principais objetivos do espetáculo é “exibir a diversidade cultural do povo brasileiro para o mundo”. A audiência televisiva esperada para sexta é de cerca de 250 milhões de pessoas. A transmissão, que começa às 14 horas (de Brasília, 13 horas na Bahia), deverá chegar a 193 países.








