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Palmeiras critica punição da Conmebol por racismo: “Extremamente brandas”

Entidade aplicou multa de 50 mil dólares ao Cerro Porteño por episódio de racismo com atacante Luighi; Verdão irá acionar entidades máximas do esporte

Em nota oficial publicada neste domingo, 9, o Palmeiras criticou a punição exercida pela Conmebol ao Cerro Porteño no caso de racismo contra o atacante Luighi. De acordo com o Verdão, as medidas são “extremamente brandas” e o clube confirmou que vai acionar as entidades máximas do futebol. O episódio aconteceu em jogo da Libertadores sub-20.

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“Tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano”, disse o Palmeiras, em nota. “As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente”.

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O Palmeiras emite a nota após a Conmebol divulgar punições ao Cerro Porteño. A multa pelo episódio de racismo foi de 50 mil dólares e o clube paraguaio também será obrigado a publicar uma campanha de conscientização contra o racismo nas redes sociais.

O episódio aconteceu em jogo na Libertadores sub-20. Um torcedor do Cerro Porteño imitou um macaco para o atacante Luighi, que saiu de campo chorando. Após o jogo, o atacante se indignou com a situação, ao não ser perguntado sobre.

“Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime. Não vai mesmo perguntar sobre isso?”, disse Luighi, segurando o choro.

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O Cerro Porteño também se manifestou sobre o caso, e destacou provocação do atleta do Palmeiras para o ato de racismo. Ainda assim, os paraguaios reiteraram a ação como um “ato reprovável”.

Confira a nota do Palmeiras na íntegra:

A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela CONMEBOL ao Cerro Porteño-PAR em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai.

Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano.

As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas.

O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo.

As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!

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