Orçamento da Olimpíada do Rio chega a R$ 36,7 bilhões
Maior parte do valor – que ainda está incompleto – refere-se a 24 projetos que representam o legado deixado pelos Jogos de 2016 à capital fluminense
A prefeitura do Rio e os governos do Estado e federal anunciaram nesta quarta-feira gastos no total de 24,1 bilhões de reais para 24 projetos que foram chamados de Plano de Políticas Públicas, definidos como legado da Olimpíada. Com isso, o valor estimado para os Jogos de 2016 já alcança 36,7 bilhões de reais – mas ainda está incompleto. Esse total se refere à soma dos 7 bilhões de reais divulgados em janeiro pelo Comitê Rio para operacionalizar os Jogos (recursos exclusivamente privados) aos 5,6 bilhões de reais divulgados naquele mesmo mês para 24 de 52 obras constantes na Matriz de Responsabilidades (instalações esportivas) e mais os 24,1 bilhões de reais.
Na prática, o que foi apresentado nesta quarta-feira foram projetos de mobilidade, renovação urbana, ambiente e projetos de desenvolvimento para o município do Rio. Nenhum dos gastos diz respeito às 52 instalações olímpicas exigidas pelo COI, apesar de algumas das obras anunciadas servirem para treinamento nos Jogos. Na quinta, vai ser divulgado o edital de licitação das obras do Complexo de Deodoro, que receberá nove modalidades em 2016. Ou seja, subirá de 24 para 33 o número de obras com licitação ou em andamento das que constam na Matriz de Responsabilidades. Com isso, o total global de gastos vai ter novo acréscimo.
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Legado – A maior parte dos 24,1 bilhões de reais divulgados nesta quarta diz respeito a gastos da prefeitura, que assumiu a construção de 14 projetos, com custo estimado em 14,3 bilhões de reais. Desse montante, 9,2 bilhões serão investidos em parceria com o setor privado. Já o governo do Estado é responsável por 10 projetos, cujo valor anunciado alcança a soma de 8,79 bilhões de reais – inclusos os gastos com a Linha 4 do metrô. O orçamento também prevê investimentos de 918 milhões para projetos voltados à Baía de Guanabara e lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá.
O governo federal prevê investimentos de 1,3 bilhões de reais, o que inclui os 110 milhões destinados à construção do novo Ladetec, laboratório que ficará responsável pelo controle de dopagem. A conclusão das obras está prevista para o meio do ano. A divulgação dos valores do Plano de Políticas Públicas aconteceu em evento realizado no Forte de Copacabana, Zona Sul do Rio. A cerimônia começou com uma breve explicação do presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva. “Aproveitamos o modelo da Matriz de Responsabilidades, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra”, esclareceu.
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(Com Estadão Conteúdo)