Milena Titoneli perde a disputa por medalha de bronze no taekwondo
Atleta paulista de 22 anos foi derrotada por Ruth Gbagbi, da Costa do Marfim, e ficou sem pódio no Budokan. “Vou voltar mais forte em Paris”, avisou
A brasileira Milena Titoneli, de 22 anos, perdeu a disputa da medalha de bronze no taekwondo, na categoria até 67 quilos feminina, para Ruth Gbagbi, da Costa do Marfim, na manhã desta segunda-feira, 26, no Nippon Budokan, considerado o templo das artes marciais, na manhã desta segunda-feira, 26.
Com isso, Milena ficou perto de igualar o melhor resultado do Brasil no taekwondo: os bronzes de Natália Falavigna, em Pequim-2008, e de Maicon Siqueira, na Rio-2016. A atleta paulista confirmou as boas expectativas sobre ela, mas não conseguiu chegar ao pódio e ajudar o Time Brasil na meta de superar o recorde de 19 pódios batidos na Rio-2016.
“Esses Jogos foram de muita superação para mim. Chegar aqui para mim já é uma grande vitória. Tive que vencer muita coisa para estar aqui. Apesar de ter perdido, estou muito feliz. Queria muito essa medalha e eu poderia ter ganhado. Lutei de igual para igual com todas e elas tiveram os seus méritos, foram superiores”, afirmou Milena ao Comitê Olímpico do Brasil.
No taekwondo, os competidores podem pontuar com chutes ou socos, sempre acima da linha da cintura (pontapés nas áreas cobertas pelos protetores e os socos podem na área do tórax). Desde a Rio-2016, a tecnologia é aliada da arbitragem, pois sensores no capacete e no colete auxiliam na marcação dos pontos.
Titoneli, que já vinha dando sinais de que poderia subir ao pódio desde que venceu o Pan-Americano de Lima, em 2019. No Japão, ela estreou com vitória sobre Julyana Al-Sadeq, da Jordânia, na decisão dos juízes, após empate em 9 a 9. Nas quartas, caiu diante da croata Matea Jelic, número 1 do mundo e atual campeã europeia, por 30 a 9. Como a europeia avançou para a final, Milena ganhou o direito de participar da repescagem em busca do bronze.
Antes da decisão por pódio, ela superou a haitiana Lauren Leep por 26 a 5. Na última luta, ela conseguiu equilibrar a disputa, mas foi derrotada por 12 a 8 ao receber um chute na cabeça (três pontos), nos segundos finais do combate. Agora, o foco de Milena já passa a ser no cilo de Paris-2024. “Com certeza eu saio daqui com gostinho de quero mais. Tenho uma nova equipe, com pessoas novas e estou muito feliz, com vontade de continuar. Eu me sinto com um fênix, que renasce das cinzas. Então, podem ter certeza de que em 2024 eu vou dar o meu máximo. Vou voltar mais forte”.