Fiscal de contas da Fifa é preso por corrupção
Canover Watson negou a suspeita e pagou fiança neste fim de semana
Canover Watson, o dirigente responsável por controlar e chancelar as contas da Fifa, foi preso por suspeita de corrupção neste fim de semana. Natural das Ilhas Cayman, um dos principais paraísos fiscais do mundo e com uma tradição nula no futebol, ele integrava o Comitê de Auditoria e Fiscalização de Normas da entidade. Watson, que negou as acusações e pagou uma fiança para responder em liberdade, agora terá de dar explicações à Fifa. A entidade, no entanto, se recusou a afastá-lo. “Nego as acusações. No devido tempo, na hora certa e no fórum apropriado, eu anseio por expor minha posição”, disse Watson.
Leia também:
Investigação confirma corrupção em eleição do Catar-2022
Fifa suspende Beckenbauer por omissão em investigação
Michel Platini é envolvido em escândalo da Copa no Catar
Ricardo Teixeira é investigado por apoio à Copa no Catar
Catar inicia obras de primeiro estádio para a Copa de 2022
Tentando demonstrar estar preocupada com a situação, a Fifa emitiu um comunicado que cobra um posicionamento mais claro de seu funcionário. O governo das Ilhas Cayman apontou em nota que Watson é suspeito de uma “quebra de confiança contrária à seção 13 da Lei Anticorrupção, bem como de abuso de cargo público e conflito de interesses”.
Além de corrupção, ele foi preso por lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a introdução de um sistema de cartões magnéticos no sistema de saúde da ilha. Watson foi o diretor da Autoridade de Serviço de Saúde de Cayman.
Blatter – Com a sequência de suspeitas de corrupção na Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, colocou a ética como sua principal bandeira para as eleições de 2015. Neste mês, ele participará de um seminário mundial sobre o assunto em Zurique, na Suíça.
Ele ainda promete tomar decisões sobre a escolha do Catar para sediar a Copa de 2022 em breve. No entanto, o cartola se recusa a publicar sua renda, explicar os salários de dirigentes da Fifa e de investigar o passado da organização.
(Com Estadão Conteúdo)