Fifa questiona Rússia por punir jogador que reagiu a racismo
O ganês Emmanuel Frimpong foi expulso e suspenso por dois jogos por fazer gesto obsceno a torcedores que imitavam sons de macacos

A Fifa pediu explicações à União Russa de Futebol sobre o mais recente caso de racismo no país. Nesta quarta-feira, o ganês Emmanuel Frimpong, volante do FC UFA, foi suspenso por dois jogos por reagir a insultos racistas de torcedores do Spartak de Moscou, ocorridos na última sexta-feira. Na própria transmissão da partida, foi possível escutar torcedores do Spartak imitando sons de macacos em jogadas em que Frimpong participava – em uma delas, o volante reagiu exibindo o dedo médio e gritando palavrões em direção aos torcedores.
Frimpong foi expulso e suspenso por dois jogos por causa do gesto obsceno. O Spartak não sofreu punição, porque a federação russa avaliou que não havia evidência de racismo. A Rússia vai sediar a Copa do Mundo de 2018.
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O chefe da divisão que trata de discriminação racial na Fifa, Federico Addiechi, disse nesta quinta que os russos têm até a próxima terça-feira para responder a um pedido de explicações do departamento disciplinar. Caso contrário, haverá punições. “Queremos saber se, para tomar a decisão, foi levada em conta a evidência que podemos ver claramente pela internet”, afirmou Addiechi, em São Petersburgo, onde acontecerá o sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 neste sábado.
Foram registrados vários casos de racismo no futebol russo nos últimos anos. O brasileiro Hulk e o camaronês Samuel Eto’o foram algumas das principais vítimas. Os dois estarão no sorteio da Copa de 2018. “Seria ingênuo e arrogante da nossa parte dizer que vamos educar a Rússia. Não estamos em uma posição para fazer isso, não temos autoridade moral para fazê-lo”, disse Addiechi.
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(com Estadão Conteúdo)