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F1: Felipe Massa e Ferrari, o fim de um caso de amor

Ele começa a trabalhar pela Williams nas próximas semanas. Mas vai passar pela Itália, onde estará na festa de natal da Ferrari

O carinho que a Ferrari tem pelo brasileiro Felipe Massa parece não ter fim. Logo após a bandeirada final do GP do Brasil, neste domingo, quando chegou na sétima posição, foi aplaudido de pé pelo staff completo da equipe que o recebeu no box do Autódromo de Interlagos. Quem passava por ali poderia jurar que Massa havia vencido o GP do Brasil mais uma vez. Ele tem recebido homenagens, recados, festas de agradecimento da equipe e da torcida, e nem a passional imprensa italiana tem dúvida de que ele é dos mais queridos que já pilotou uma Ferrari. Até mesmo o presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, em uma das homenagens o chamou de “verdadeiro senhor Ferrari”. Mas por que então a equipe não renovou o contrato com ele se o admira tanto e reconhece seu valor? Bem, pode ser aqui o caso típico de um fim de relacionamento em que ambos ainda se gostam, mas o amor acabou.

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Antes do primeiro treino para o GP do Brasil, Massa ganhou um macacão estilizado da Ferrari, com detalhes nas cores do Brasil, em verde e amarelo. Durante os três dias de atividades na pista, Massa era saudado o tempo todo, mesmo sempre com um ar meio sem jeito de quem está saindo de casa de “portas abertas”, mas queria mesmo era ficar. Duas semanas atrás, ganhou uma superfesta de despedida no circuito de Mugello, com cerca de 15 000 pessoas nas arquibancadas gritando seu nome e com faixas de agradecimento. Num jantar naquele mesmo dia, foi apresentado como “parte da história da Ferrari”. Segundo jornalistas italianos, nenhum dos recentes pilotos que defendeu a equipe recebeu tantas e tão emocionantes homenagens, nem mesmo o calculista alemão Michael Schumacher – que saiu para se aposentar -, nem o frio Kimi Raikkonen e nem o também emocional Rubens Barrichello. A equipe sempre os agradeceu protocolarmente. Mas com Felipe Massa tudo foi diferente.

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Neste domingo, foi um dos últimos a deixar o reservado em que os pilotos conversam com os jornalistas de todo o planeta. Por cerca de 30 minutos, a fila para entrevistar o brasileiro tinha italianos, franceses, espanhóis e japoneses. No caminho até os boxes, Massa encontrou o filho, Felipinho, e recebeu mais algumas dezenas de abraços e cumprimentos: “Vou mostrar os vídeos das minhas corridas para ele, tenho certeza que vai gostar”, disse olhando para o filho. Segundo um jornalista da revista italiana Austosprint, Massa fez seu nome ter grande apreço por sempre estar disposto a conversar, a receber imprensa, torcedores, não se esconder, apesar de ter sempre alguém da equipe colado onde quer que fosse. Muitas vezes aplicava um drible num assessor e atendia mesmo rapidamente algum torcedor ou jornalista.Acompanhe VEJA Esporte no Facebook Siga VEJA Esporte no Twitter

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A página foi virada, o trabalho na britânica Williams começa logo, nas próximas semanas, mas ainda receberá mais alguma homenagem com certeza, e ele mesmo não sabe como será a relação com a Ferrari assim que começar a pensar somente no novo carro, o que deve acontecer somente depois do natal – natal que terá parte da celebração sabem onde? Na Itália, na sede da Ferrari, com toda a equipe… Depois de oito anos não é tão fácil simplesmente desapegar.

https://youtube.com/watch?v=CfP2TJoQuYE%3Frel%3D0

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