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Em clássico do apagão, Santos e Corinthians empatam no Pacaembu

Refletores do estádio Paulo Machado de Carvalho ficaram apagados por 50 minutos; Peixe buscou o empate com gol de nova promessa saída do banco de reservas

Santos e Corinthians realizaram um grande clássico na tarde/noite deste domingo, tanto pelo longo tempo de disputa (quase três horas entre o apito inicial e o apito final graças a um apagão nos refletores do Pacaembu e que interrompeu o jogo por 50 minutos) quanto pela disputa em campo. Mais técnico e bem organizado, o Timão saiu na frente com Renê Júnior e poderia ter decidido o placar a seu favor em diversas ocasiões. Não o fez e, em uma das dezenas de bolas alçadas na área pelo time praiano, Diogo Vitor aproveitou sobra de bola e deixou o placar em 1 a 1.

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Com o resultado, os clubes seguem em boa condição nos seus respectivos grupos, ambos na liderança de ambas as chaves. Com 17 pontos, a equipe do Parque São Jorge está três acima do Ituano, segundo colocado do Grupo A, e pode definir sua classificação na quarta-feira. O Peixe, com 18 na ponta do D, assegurou sua passagem às quartas de final por ter seis pontos e três vitórias a mais do que o Red Bull, terceiro com 12.

Na próxima rodada, os comandados de Jair Ventura terão pela frente a equipe do Novorizontino, às 19h30 (de Brasília) da quarta-feira, na casa do adversário. Já Fábio Carille e o seu elenco voltam ao estádio de Itaquera, local do embate frente ao Mirassol, às 21h45 (de Brasília) também da quarta-feira.

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O jogo – O clássico teve uma atmosfera digna da sua história no pré-jogo, com estádio lotado e duas equipes ligadas desde o começo. Contando com o apoio da torcida, o Peixe tentou adiantar a sua marcação e buscar evitar a posse de bola, principal arma do novo esquema de Carille. Impreciso na hora de fazer a sua saída de jogo, porém, o time da casa acabou tornando-se presa fácil para a marcação corintiana.

Antes de o relógio marcar 10 minutos de bola rolando, Clayson e Rodriguinho roubaram duas bolas no campo de ataque e se viram em boa condição. Na primeira, o ponta serviu o armador, que abriu para Romero. O paraguaio  chutou de primeira e foi travado por David Braz. Na outra, Rodriguinho conduziu até a entrada da área após desarmar Léo Cittadini, mas não finalizou e deu a chance de a defesa se recuperar.

Na resposta, o Peixe mostrou que não contava com o seu meio-campo para armar. Apostando sempre nos lançamentos longos para Rodrygo e Copete, além dos ótimos cruzamentos de Daniel Guedes, os santistas quase abriram o placar quando Lucas Veríssimo cabeceou livre na área, mas Cássio encaixou. Pouco depois, porém, o Timão resolveu finalizar e, como prêmio, abriu o placar. Renê Júnior chutou de fora da área, a bola desviou em Cittadini e entrou no ângulo de Vanderlei.

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Incomodada com a desvantagem e, principalmente, o péssimo desempenho de Copete, a torcida santista demonstrou sinais de insatisfação, apaziguados apenas nas já citadas jogadas pela ponta direita. Na melhor, Cittadini cabeceou rente à trave de Cássio. Os visitantes, por sua vez, mantiveram a postura do início da etapa e quase ampliaram em outros quatro contra-ataques. Nos dois finalizados, porém, Maycon e Romero mandaram pela rede, mas do lado de fora.

O Peixe voltou para o segundo tempo inspirado pela força da torcida e pela saída de Copete, até então o pior em campo. Mesmo com Arthur Gomes sem participar tanto da partida, o Peixe mostrou bastante disposição e abdicou totalmente do jogo de toque de bola. Em menos de cinco minutos, com duas faltas mais próximas do meio-campo do que da área, os santistas resolveram mandar a bola na confusão entre zagueiros e atacantes.

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Bem postada, no entanto, a defesa corintiana conseguiu anular a maioria dos lances, deixando apenas uma finalização perigosa chegar ao gol de Cássio. O lance se deu aos 14 minutos, quando Vecchio correu por trás da zaga e recebeu bom lançamento de Alison. De costas para o gol, o meio-campista girou rapidamente com o pé direito, praticamente dando um golpe na bola, e exigiu boa intervenção do arqueiro.

Os dois técnicos sentiram a mudança no jogo e promoveram alterações. Júnior Dutra substituiu Clayson e Vitor Bueno entrou na vaga de Vecchio. Antes de as substituições começarem a dar resultado, porém, a luz do Pacaembu apagou. Sem luz por 50 minutos, os jogadores conviveram até com o boato de que o clássico só voltaria na segunda. Depois de muita espera, porém, o jogo foi retomado aos 21 minutos e 30 segundos da segunda etapa.

O Peixe manteve a pressão, mas se viu mais desorganizado no retorno. Em duas escapadas, o Corinthians teve ótimas chances para ampliar. Na primeira, Jadson driblou dois e parou em Daniel Guedes, em cima da linha. Na outra, em vez de chutar, resolveu ajeitar para Gabriel, mas viu Alison fazer o desarme pontual. Pouco depois, Rodriguinho chutou bem de primeira, Vanderlei espalmou e Balbuena mandou o rebote no tobogã.

Quando o Timão parecia ter mais controle do jogo, porém, pagou o preço pela falta de eficácia nas finalizações. Em bola levantada na área, Cássio saiu, trombou com Sasha e ficou no chão. A bola sobrou limpa para Diogo Vitor, que bateu de primeira e deixou tudo igual, fazendo muita festa na comemoração. O Peixe ainda tentou a virada no abafa, mas não conseguiu criar outro grande lance para marcar.

FICHA TÉCNICA: SANTOS 1 X 1 CORINTHIANS

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 4 de março de 2018, domingo
Horário: 17h00 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira
Assistentes: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo e Evandro de Melo Lima
Público: 34 441 pagantes
Renda: R$ 1.052.220,00
Cartões amarelos: David Braz, Vecchio (Santos); Clayson, Gabriel, Balbuena (Corinthians)
Gols: Renê Júnior (Corinthians), aos 20 minutos do primeiro tempo, e Diogo Vitor (Santos), aos 40 minutos do segundo tempo

SANTOS: Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Alison; Léo Cittadini, Vecchio (Vitor Bueno), Rodrygo (Diogo Vitor) e Copete (Arthur Gomes); Eduardo Sasha. Técnico: Jair Ventura

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Henrique e Maycon; Gabriel e Renê Júnior; Romero, Jadson (Emerson Sheik), Rodriguinho e Clayson (Júnior Dutra). Técnico: Fábio Carille

(com Gazeta Press)

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