Ex-jogador é acusado de participar do esquema que desviou 60 milhões de reais em loterias da Caixa. Ele nega e permanece em liberdade
O ex-jogador da seleção brasileira Edilson, um dos 54 investigados na Operação Desventura pelo desvio de 60 milhões de reais em loterias da Caixa Econômica, foi indiciado nesta segunda-feira por quatro crimes: crime organizado, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Ele prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal de Goiânia, negou as acusações e permanece em liberdade.
Ex-atacante Edílson é solto após pagar dívida de pensão
“Prestei depoimento como cidadão brasileiro e tenho certeza que tudo vai ser resolvido da melhor maneira. Muita gente acaba oferecendo coisas para gente e incluindo a gente em algumas coisas. Mas estou com a consciência limpa e vou colaborar com a Justiça de toda e qualquer maneira”, afirmou o ex-jogador de 44 anos em entrevista à TV Anhanguera, emissora afiliada da Rede Globo.
Na última quinta-feira, um grupo de policiais federais cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Edílson, em Salvador. Edílson negou ser parente de um dos principais acusados do esquema, que se utilizava de gerentes e correntistas do banco para concretizar as fraudes. Segundo ele, o articulador do crime (antes identificado como seu primo) procura pessoas famosas e lhes oferece assessoria antes de tentar incluí-las na fraude.
A delegada Marcela Siqueira informou à TV Anhanguera que Edílson é investigado por participar do recrutamento e acesso aos gerentes da Caixa. Por enquanto, não há ordem judicial para prisão do ex-atacante, que teve passagens de sucesso por Palmeiras, Corinthians e Flamengo e foi campeão mundial com a seleção brasileira em 2002. No ano passado, Edílson foi preso por não pagar pensão alimentícia e foi liberado dois dias depois ao quitar a dívida de 102.000 reais.
(da redação)