Dunga justifica ida a Fortaleza: ‘Temos que jogar onde gostam de nós’
Seleção brasileira enfrentará a Venezuela na Arena Castelão, em 13 de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Treinador já sofreu com protestos no Sudeste
A comissão técnica da seleção brasileira visitou nesta terça-feira a Arena Castelão, em Fortaleza, onde a equipe fará sua segunda partida das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018, contra a Venezuela, dia 13 de outubro. O técnico Dunga e o coordenador Gilmar Rinaldi foram homenageados na calçada da fama do estádio, em reconhecimento ao título da Copa de 1994 como jogadores, e ressaltaram a identificação do público nordestino com a equipe nacional para justificar a escolha da sede.
“O Brasil foi muito bem recebido aqui, o torcedor cearense é apaixonado pela seleção brasileira e pelo futebol. As condições do estádio são apropriadas, perto do aeroporto e do hotel, e, dentro da nossa análise, escolhemos estar aqui, mas o futuro está sempre aberto. Nós temos que ir para onde gostam de nós”, afirmou o treinador em entrevista coletiva. Na última Copa, o Brasil jogou duas vezes no Castelão: no empate em 0 a 0 contra o México, na primeira fase, e na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, nas quartas de final.
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Tradicionalmente, o público nordestino é mais afetuoso com a seleção na comparação com os torcedores do Sudeste, mais exigentes. O próprio Dunga sofreu com diversos protestos, sobretudo em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, tanto como jogador quanto como treinador do Brasil em sua primeira passagem. As sedes das partidas seguintes da seleção nas Eliminatórias ainda não foram definidas.
Convocação – Dunga lamentou o pedido de dispensa do lateral-direito Rafinha, mas disse respeitar a opção do atleta do Bayern de Munique que deve se naturalizar alemão. O técnico admitiu que ainda não convocou um substituto para Rafinha, pois aguarda o julgamento do atacante Neymar, que espera que sua suspensão de duas partidas acumulada da Copa América seja retirada pelo Tribunal Arbitral do Esporte.
Perguntado por uma repórter se o lateral Marcos Rocha, do Atlético-MG, tinha chances de ser convocado para a vaga de Rafinha, Dunga demonstrou certa irritação. “Quanto à escolha de A ou B, eu tenho uma filosofia bem definida: não adianta assessor colocar nome em jornal, que não vai ser convocado.”
(Da redação)