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Di María decide e Argentina avança, com sofrimento

Messi não brilha, mas dá a assistência do gol que garantiu a vitória sobre a Suíça, em São Paulo. Nas quartas, o rival será Bélgica ou Estados Unidos

Sofrer nas oitavas de final contra equipes menos tradicionais é a tendência dos favoritos nesta Copa do Mundo. Depois de brasileiros, holandeses e alemães, nesta terça foi a vez dos argentinos viverem a tensão. O único gol da partida só saiu aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, marcado por Angel Di María. Lionel Messi não brilhou como nas partidas anteriores, mas deu a assistência para o gol do meio-campista do Real Madrid. A torcida argentina, que passou boa parte do jogo cantando que “Maradona é maior que Pelé”, deixou o estádio em estado de graça, sob os olhares atentos do rei do futebol. Na próxima fase, a Argentina irá enfrentar o vencedor da partida entre Estados Unidos e Bélgica, marcada para as 17 horas, em Salvador.

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Horas antes da partida, os europeus sofreram um baque: o técnico Ottmar Hitzfeld foi informado da morte de seu irmão mais velho, Winfried. E se a Argentina tinha Messi, a Suíça também contava com o talento de Xherdan Shaqiri. Aos 27 minutos, o artilheiro da Suíça no Mundial superou a defesa argentina e rolou para Granit Xhaka. O goleiro Sergio Romero fez mais uma boa defesa na competição. A Argentina respondeu no minuto seguinte, mas Ezequiel Lavezzi, substituto de Sergio Agüero, bateu fraco, nas mãos de Diego Benaglio.

Aos 38 minutos, a Suíça teve nova chance: Shaqiri lançou Drmic, que desperdiçou a oportunidade cara a cara com Romero. Na volta do intervalo, a Argentina atacou mais, mas deixou espaços na defesa. O lateral-esquerdo Marcos Rojo voltou a se destacar: primeiro, obrigou Benaglio a fazer uma boa defesa aos 13 minutos. Pouco depois, cruzou na medida para Gonzalo Higuaín, que cabeceou nas mãos do goleiro suíço.

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A Suíça recuou e deu espaços ao forte ataque argentino. Aos 22 minutos, Messi reapareceu: recebeu na entrada da área, dominou no peito e chutou forte, mas a bola passou perto do travessão. O técnico Alejandro Sabella tirou Lavezzi para a entrada de Rodrigo Palacio. Logo em uma de suas primeiras participações, o atacante da Inter de Milão se envolveu em lance discutível. Messi recebeu na área e chutou forte. Benaglio espalmou para a frente e Palacio dividiu com Djourou. O argentino reclamou de ter sido empurrado pelo zagueiro suíço, mas o árbitro sueco Jonas ignorou o lance e a bola ficou com o goleiro suíço.

Os últimos minutos se transformaram em um verdadeiro massacre da Argentina. Aos 43, Messi enfileirou defensores na entrada da área. O craque, no entanto, passou a Palacio, que perdeu o domínio da bola. O jogo, então, foi para a prorrogação (a quarta das oitavas de final), e a Argentina seguiu pressionando. Messi cobrou falta e Palacio cabeceou, para nova intervenção de Benaglio. Em um dos poucos momentos de controle da bola da Suíça, a torcida brasileira, maioria no estádio, gritou “olé”. Já na segunda etapa, Di María acertou um belo chute de fora da área, mas Benaglio parecia intransponível e fez mais uma defesa dificílima.

Quando tudo indicava mais uma decisão por pênaltis, Messi e Di María apareceram e decidiram. Aos 13 minutos, o camisa 10 puxou contra-ataque e serviu Di María. O meio-campista do Real Madrid bateu no canto direito de Benaglio e fez o tão esperado gol. A Suíça ainda teve duas chances: primeiro, a bola de Blerim Dzemaili acertou a trave de Romero, no último minuto da prorrogação. Já nos acréscimos, Shaqiri bateu falta da meia-lua, mas a bola acertou a barreira.

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