O presidente da CBF é suspeito de receber subornos para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, mesmo caso em que seu antecessor José Maria Marin foi preso em maio
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, garantiu nesta quinta-feira que não deixará os cargos nos comitês da Fifa e da Conmebol, apesar dos dirigentes das entidades terem se reunido com o cartola brasileiro e acertado sua saída na terça-feira. Del Nero é investigado pelo FBI por ser suspeito de receber subornos para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, mesmo caso que levou à prisão de seu antecessor na CBF, José Maria Marin, em maio. Del Nero tem se ausentado de todas as reuniões da Fifa desde então.
“Não tem nada disso. Nada muda. Não vou sair”, disse o dirigente na manhã desta quinta-feira a um pequeno grupo de jornalistas, após a convocação do técnico Dunga para os jogos contra Argentina e Peru, pelas Eliminatórias, em novembro. Na entrevista coletiva, a assessoria de comunicação de Del Nero se apressou em evitar as perguntas sobre a notícia de sua saída da Fifa e informou que o único tema da entrevista seria seleção brasileira.
Em ritmo apressado para se livrar dos jornalistas que o aguardavam do lado de fora da sala onde foi realizada a entrevista de Dunga, Del Nero se recusou a parar para conversar com a imprensa, e apenas repetiu a resposta de que nada mudaria. Ao ser questionado por um jornalista se viajaria para a Argentina para acompanhar a seleção, Del Nero despistou e brincou: “Eu vou sim, e vou te levar”. Nesta semana, a Fifa anunciou que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, Franz Beckenbauer, um dos maiores astros do futebol alemão, e o vice-presidente da Fifa Angel Maria Villar, além de outros ex-membros do Comitê Executivo da Fifa, estão entre os investigados pelo Comitê de Ética da entidade.
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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)