Como funciona modelo de time da NFL que pode inspirar Corinthians
‘SAF do Povo’ seria ideal de governança mais próxima da administração adotada pelo Green Bay Packers

O Corinthians voltou a estudar um modelo ainda pouco difundido na administração do futebol brasileiro. Nos bastidores do Parque São Jorge, uma pequena ala gostaria de ver o clube em uma gestão como a do Green Bay Packers, uma das mais famosas franquias da NFL, principal liga de futebol americano. A informação é da jornalista Larissa Beppler, da Central do Timão.
Curiosamente, o Green Bay Packers, quatro vezes campeão do Super Bowl, foi o adversário do Philadelphia Eagles, na Neo Química Arena, primeira partida da NFL na América do Sul, realizada em setembro do ano passado.
“O modelo administrativo do Green Bay Packers tem sido aventado nos bastidores do Corinthians. Muitos ainda são contra, inclusive, qualquer mudança, mas alguns setores já citam o clube da NFL como referência”, noticiou Larissa em sua conta no X, antigo Twitter.
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Em linhas gerais, os Packers são a única das 32 franquias de propriedade da sua torcida. Os “empacotadores”, como são conhecidos os seus torcedores, detêm ações da organização sem fins lucrativos. Ao todo, são quase 540 mil pessoas físicas que têm voto em decisões importantes na administração, caracterizada por sua transparência.
O modelo de governança descentralizada, nas mãos dos torcedores, elege um conselho de administração, o qual é gerido por um CEO. Mark Murphy hoje é o responsável por publicar anualmente relatórios financeiros, informando os seus torcedores e não um único investidor ou uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) por exemplo.
O assunto voltou à tona, ainda que timidamente, após a vaquinha proposta pela torcida para quitar a Neo Química Arena. Ao que se vislumbra, o dinheiro para o estádio poderia ser comprado em ações do próprio Corinthians, o que seria uma ‘SAF do Povo’.
Rozallah Santoro, que deixou o cargo de diretor financeiro do clube em junho do ano passado, havia levantado ainda que timidamente a hipótese. Hoje, as conversas ainda são embrionárias e acontecem em pequenos grupos para debater o futuro do Timão.