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Carpini é o novo técnico do São Paulo: o que o levou ao Tricolor

Após perder Dorival Júnior, equipe do Morumbi fechou com treinador revelação de 2023 para comandar o time em temporada de volta à Libertadores

Thiago Carpini será o técnico do São Paulo para a temporada 2024. No início da tarde desta quinta-feira, 11, o Juventude comunicou em nota, sem revelar o destino, a saída do treinador agradecendo pelos serviços nos oito meses em que esteve a frente da equipe. O Tricolor Paulista topou pagar a multa rescisória de R$ 1 milhão para tirá-lo de Caxias do Sul e fechou o treinador. Além de Carpini, o preparador físico Caio Gilli e o auxiliar Estephano Djian também chegam ao clube do Morumbi.

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Vice-campeão paulista com o Água Santa e responsável por levar os gaúchos de volta à Série A do Brasileirão, Carpini agora terá o maior desafio da carreira: chance de disputar uma Libertadores.

Segundo apuração de PLACAR, Carpini foi seduzido pela oportunidade de disputar pela primeira vez o torneio sul-americano, além das compensações financeiras.

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No Juventude, clube no qual tinha vínculo até dezembro deste ano, o profissional recebia salário na casa dos R$ 250 mil – reajustado durante a campanha da Série B – e terá esse valor quase duplicado no Tricolor.

Outro ponto que pesou foi a disparidade orçamentária das equipes. Enquanto o São Paulo trouxe recentemente o atacante Ferreirinha, ex-Grêmio, pagando 1,5 milhão de euros (8 milhões de reais) por 35% dos direitos econômicos, o Ju tem realidade bem mais modesta.

O teto salarial passou de 35 mil reais mensais para 100 mil – com o cargo de treinador como única exceção. A equipe foi praticamente remontada para a atual temporada, com 14 novos jogadores, e tem como principal objetivo a permanência na elite nacional.

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A negociação teve início com o diretor executivo do São Paulo, Rui Costa, ligando para a diretoria do Juventude, em uma espécie de “contato de cortesia”, para informar que a equipe paulista abriria conversas com Carpini.

O time de Caxias do Sul entendia que a saída do treinador é compreensível após o trabalho da última temporada, que resultou no acesso à elite brasileira. A diretoria o vê com uma conduta elogiável e um dos melhores que passaram pelo Jaconi nos últimos anos.

Carpini brilhou no Água Santa e Juventude em 2023 – Gabriel Tadiotto/Juventude

Antes dele, o clube paulista tentou Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, António Oliveira, do Cuiabá, Luis Zubeldía, da LDU, e Paulo Pezzolano, do Valladolid.

A trajetória

Ex-zagueiro, Carpini se destacou com mais consistência à beira do campo em 2023, quando levou o modesto Água Santa, de Diadema, à final do Paulistão. Depois de eliminar o próprio São Paulo nas quartas de final e o Red Bull Bragantino na semifinal, o Netuno ainda chegou a vencer a ida da decisão contra o Palmeiras, mas sucumbiu no jogo de volta.

Em 16 jogos no estadual, o treinador somou dez vitórias, dois empates e quatro derrotas. Sem fortes investimentos, armou uma equipe muito vertical e bem postada defensivamente (marcou 16 gols e sofreu 15).

Segundo médias com base nas estatísticas do Sofascore, o Água Santa teve 45,6% de posse de bola e trocou 23,4 passes a cada chute realizado, evidenciando os ataques rápidos.

Carpini foi vice-campeão paulista com a equipe de Diadema - Água Santa/Divulgação
Carpini foi vice-campeão paulista com a equipe de Diadema – Água Santa/Divulgação

Já na Série B pelo Juventude, o trabalho já contou com uma equipe que trabalhou mais a bola. Em 32 partidas, conquistou 17 êxitos, empatou 11 vezes e foi derrotado em quatro ocasiões. Mantendo a segurança defensiva (terceira melhor defesa do campeonato), conseguiu jogar mais com a posse da bola e se destacou pela campanha fora de casa, terminando como líder longe de seus domínios.

De acordo com o próprio técnico, seu modelo de jogo ideal é de um time que goste de trabalhar com a bola e ser ofensivo. Essa vontade foi admitia em entrevista ao jornalista Duda Garbi.

“Tenho algumas coisas que acredito muito no futebol. Ter um time vertical, gostar da bola, buscar o gol o tempo todo, ser ofensivo. Mas buscar o equilíbrio. Organizando a parte defensiva, começo a me organizar ofensivamente. Sou de uma linha que gosta de jogo de posse, de pé em pé, de construção, não de bola em disputa e tiro de meta toda hora. Ficando mais com a bola, a gente começa a controlar o jogo e começa a criar alternativas.”

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