Campeonato Brasileiro: todos reclamam da arbitragem
Gol anulado do Fluminense diante do Corinthians e lances controversos entre o Atlético-PR e Atlético-MG revoltaram atletas, torcedores e dirigentes
A 22ª rodada do Campeonato Brasileiro foi repleta de decisões controversas dos árbitros. Torcedores, atletas e dirigentes de Fluminense, Atlético-MG e Ponte Preta foram os que mais protestaram. O Corinthians esteve mais uma vez no centro das discussões: na vitória sobre o Fluminense por 2 a 0, em Itaquera, o time do Rio teve um gol anulado no segundo tempo, em que o jogador Cídero estava em posição legal.
O primeiro jogo a causar confusão foi a vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, em Campinas. O time paulista, que sofreu o segundo gol aos 48 minutos do segundo tempo, protestou contra o árbitro Emerson Luís Sobral por causa de um pênalti não marcado em Borges e da anulação de um gol anotado pelo atacante. Já com a partida encerrada, Biro Biro foi expulso por reclamação. “É uma vergonha. Infelizmente, temos de ficar quietos, senão somos suspensos. Quero ver o que vão fazer com esse árbitro. Ele ganhou o jogo para o Cruzeiro”, disse o atacante Diego Oliveira, à Rádio Bandeirantes.
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Em outra partida, Atlético-MG 0 x 1 Atlético-PR, no Independência, os mineiros ficaram furiosos. No lance que decidiu o jogo, Ewandro se antecipou ao goleiro Victor e caiu na área após ser tocado, e o juiz marcou pênalti, convertido por Walter. Antes, o time mineiro já havia reclamado de um impedimento de Thiago Ribeiro e da expulsão de Marcos Rocha, no fim do primeiro tempo, que recebeu o segundo cartão amarelo ao protestar pela marcação de uma falta com o árbitro Marcelo de Lima Henrique.
O Atlético-PR também pediu um pênalti quando Nikão recebeu um carrinho de Leandro Donizete e foi derrubado na área. Nas arquibancadas, torcedores brigaram, depredaram parte do estádio e gritaram “Corinthians” e “vergonha”, insinuando um complô em favor da equipe paulista, líder do Brasileirão e que agora tem sete pontos de vantagem sobre o Atlético-MG.
O presidente do time mineiro, Daniel Nepomuceno, proibiu o técnico Levir Culpi de dar entrevistas e pediu o afastamento do presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa. “A mordaça do futebol está clara. Já tenho três jogadores indiciados. São erros atrás de erros e ninguém pode falar nada. Se for para suspender, que seja o presidente. O senhor Sérgio não tem condições de pisar amanhã na CBF. Os erros passaram dos limites, o campeonato está acabando.” O ex-presidente do clube, Alexandre Kalil, também se manifestou, via Twitter: “Sérgio Corrêa, infelizmente você tem camisa. Marcelo de Lima Henrique, você é um vagabundo e ladrão.”
Itaquera – O erro mais claro, no entanto, estaria por vir, na partida das 22h entre o líder Corinthians e o sétimo colocado Fluminense. Aos 10 minutos do segundo tempo, quando o Corinthians vencia por 1 a 0, o Fluminense teve um gol anulado. Cícero estava mais de um metro em posição legal, mas o assistente Fábio Pereira assinalou impedimento, confirmado pelo árbitro Sandro Meira Ricci. “Foi um erro grotesco. Não foram por poucos centímetros”, disse Cícero.
O técnico Enderson Moreira também lamentou ao dizer que “não se lembra de nenhum erro a favor do Fluminense”. Os dirigentes do Fluminense também protestaram. “O que aconteceu é inaceitável. O campeonato perde a graça e o futebol brasileiro fica desacreditado”, escreveu o presidente Peter Siemsem no Twitter. O vice Mário Bittencourt citou a falta de critério dos árbitros, relembrou erros contra o Fluminense diante da Chapecoense e cobrou punição aos árbitros. “Quero ver qual vai ser a posição da Comissão com esse erro. O gol foi anulado porque os jogadores do Corinthians estavam aquecendo atrás do bandeira, tenho certeza que o bandeira sofreu pressão ali”, falou Bittencourt, que atuou como advogado do Fluminense, em 2013, quando o time escapou do rebaixamento após decisão do STJD.
Na derrota para o Goiás, o Palmeiras reclamou de um gol anulado de Lucas Barrios. As equipes ainda pediram um pênalti cada uma em lances de toque de mão na bola dentro da área, caso que mais tem causado discussão neste Brasileirão.
(da redação)