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Alan Patrick exalta regularidade inédita e espera convocação para seleção

Camisa 10 do Inter diz que auge físico na última temporada o faz sonhar com oportunidade com Dorival; Abelão faz coro por chamado

O meia-campista Alan Patrick, do Internacional, acredita que uma regularidade inédita em sua carreira em 2023, relacionada ao fato de um não tido problemas físicos, pode ajudá-lo a chegar à seleção brasileira principal. Com longo histórico em seleções de base, o camisa 10 colorado disse em entrevista à PLACAR de fevereiro que o novo momento o faz ter esperanças por uma convocação.

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“Eu acho que [a temporada] se dá muito também pela consistência física, não ter tido nenhuma interrupção por lesões. Isso atrapalha muito. É um ponto muito importante que fez com que com que eu pudesse ter uma temporada regular”, iniciou dizendo.

“Nas minhas passagens [anteriores] pelos clubes brasileiros faltou um pouco de constância. Na minha volta [da Ucrânia em 2013], acho que foram muitos altos e baixos e percebo que nos últimos anos tenho conseguido manter isso. Até antes de voltar pro Internacional, no Shakhtar. Depois de 2019 consegui me firmar, consegui jogar e a cada temporada fui mostrando mais consistência. E essa regularidade é importante. Agora, na minha volta, vejo que consigo manter isso. Desde quando cheguei, após a redaptação, até a temporada que se passou”, avaliou o jogador.

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Os números comprovam a evolução em campo: 2023 foi justamente o ano em que mais atuou (62 vezes), mais marcou gols (16) e também mais distribuiu assistências para os companheiros (10).

No Brasileirão, esteve entre os seis jogadores mais criativos: 67 passes decisivos, seguidos de finalização, segundo estatísticas do site Sofascore. Raphael Veiga, do campeão Palmeiras, foi o líder no quesito, com 86. Passou a ser chamado de mágico por torcedores pela facilidade com que encontrava passes improváveis a cada jogo.

“[A seleção] gente tem o sonho, né? Chegar a seleção brasileira sempre foi meu sonho, mas é sempre com consciência de que eu precisava estar bem no meu clube para que isso pudesse acontecer. Acho que uma coisa depende muito da outra. É dessa maneira que eu penso hoje. A seleção é a consequência do que a gente faz no clube. Então vou procurar me preparar para continuar entregando o meu melhor com as cores do Internacional e, claro, a gente fica na esperança de uma convocação. Mas é com com os pés no chão, bem focado aqui no Inter para ajudar o nosso clube a conquistar os objetivos, os títulos. Isso, consequentemente, te dá a condição de possíveis convocações para a seleção”, afirmou.

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Na seleção brasileira, fez parte do grupo vencedor do Mundial sub-20 de 2011, liderado pelo meia Oscar, e da equipe campeã do Sul-Americano da categoria no mesmo ano, que contava com Neymar e Lucas Moura. Se convocado, reencontraria Dorival Júnior, com quem trabalhou no Santos em 2010. Ele chegou a receber elogios públicos de Fernando Diniz, antecessor no cargo.

“Naquela época, há muitos anos atrás, eu era ainda muito jovem. Vejo o Dorival como um excelente treinador, um grande profissional, um cara que sempre por onde passou foi campeão. É um cara que a gente respeita, nunca se ouviu falar nada dele como profissional e até da pessoa. E valorizo muito isso também, né? Na questão pessoal, do ser humano… é um cara fantástico. Fiquei feliz quando assumiu a seleção. Mostrou muita capacidade com as conquistas nos últimos anos, acho que tem tudo para trazer de novo o brilho para nossa seleção. E que a gente volte a conquistar. O nosso torcedor fica carente das conquistas e o vejo como alguém super capacitado para elevar novamente, conseguir manter o nosso país no alto nível sempre brigando por títulos. Estou torcendo bastante por ele, por nossa seleção e todos. Todos nós representamos o Brasil”, concluiu.

Alan Patrick em entrevista à PLACAR de fevereiro - Diego Vara/Placar
Alan Patrick em entrevista à PLACAR de fevereiro – Diego Vara/Placar

‘Ele merece a seleção’

Abel Braga, técnico do Inter em 2014, defende a convocação do meia

“Alan Patrick sempre foi diferenciado. Quando você tem um jogador desses em mãos, mostrando uma capacidade técnica individual acima da média, apesar de ser jovem, não pode desperdiçar. Por isso trabalhei para orientá-lo e fiz vários pedidos a ele.

Quando trabalhamos juntos, ele jogou mais vezes como titular do que não. Quando você tem aqui no Brasil um jogador técnico, mesmo que não seja de muita intensidade e contato físico, ele chega na Europa e sente dificuldades para se adaptar.

É a mesma coisa quando sai de outra região para jogar no Sul do país. O futebol do Rio Grande é muito intenso. Apesar de técnico, tem muito contato físico, muito duelo. Alguns custam a se adaptar, mas eu sabia que ele conseguiria, porque sempre o lado técnico faz a diferença. O cara, tendo vontade e sendo profissional, vai te dar resposta. Naquela equipe, o Alan dava uma criatividade muito grande até na saída de bola.

Broncas de Abel o ajudaram a evoluir no Inter em 2014 - Ricardo Duarte/Internacional
Broncas de Abel o ajudaram a evoluir no Inter em 2014 – Ricardo Duarte/Internacional

Eu jogava com um sistema um pouco diferente do que o Inter atua hoje, ele agora tem mais liberdade. Comigo vinha mais atrás para ajudar, participava muito. Hoje, o torcedor do Inter e quem acompanha futebol não consegue pensar mais no time sem o Alan. Ele é fundamental, diferenciado, e falo com convicção que no futebol brasileiro só o Ganso é tão técnico.

O melhor tem sempre que jogar. Alan é comprometido, é profissional e, por isso, merece estar na seleção. Se continuar com a performance de 2023, tem plenas condições, porque é um jogador diferente. Há jovens de muita velocidade, como Endrick e John Kennedy, mas você pode ganhar muito com esses passes bem verticais que ele faz em todo o jogo.

As defesas que jogam contra o Inter têm que colocar os zagueiros bem próximos, porque ele acha espaço. Quem está sem a bola não consegue imaginar esses buracos. Só um jogador de nível muito alto faz o que ele faz.” 

Maduro e à vontade no Internacional, o camisa 10 falou à PLACAR sobre o ano de 2023, visto por ele como a melhor temporada da carreira (a edição pode ser adquirida na loja do Mercado Livre).

No papo, ele também aborda o estilo de jogo hoje raro futebol brasileiro, a decisão de permanecer no clube gaúcho, o amadurecimento mais tardio, o polêmico aprendizado na passagem pelo Flamengo, elege o clássico Grenal como o maior que já jogou e muito mais.

Capa da edição 1508 de PLACAR - Reprodução/Placar
Capa da edição 1508 de PLACAR – Reprodução/Placar

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