Possuir um clube de futebol europeu se tornou sinônimo de prestígio e potencial econômico. Nos últimos anos, o cenário do futebol na Europa tem mudado radicalmente devido à entrada de novos investidores. Fundos soberanos, conglomerados empresariais, oligarcas estrangeiros e investidores do mercado financeiro têm se tornado mais proeminentes como proprietários de clubes, especialmente na Champions League 2024/25. Este fenômeno é impulsionado pela busca incessante por integração em redes multiclubes e potencial financeiro.
Esse movimento tem atraído principalmente investidores dos Estados Unidos, que veem no futebol europeu uma oportunidade lucrativa, aliando o esporte a grandes corporações. A popularidade crescente do futebol e a ideia de um retorno financeiro sólido tornam o continente europeu um campo fértil para novas aquisições e investimentos.

Quais os impactos do investimento estrangeiro no futebol europeu?
Um terço dos clubes que competem na Liga dos Campeões possui o controle de proprietários estrangeiros. Este número recorde destaca a crescente internacionalização da administração dos clubes europeus. Dados mostram que 13 dos 36 times da competição têm donos de outras nacionalidades, revelando uma transformação econômica e cultural na gestão esportiva.
A Inglaterra, com sua lucrativa Premier League, exemplifica bem essa tendência. Investidores estrangeiros controlam 80% dos clubes da liga, fruto de uma série de ondas de investimento ao longo dos anos. Apesar do potencial econômico, as dívidas acumuladas e as punições por quebra de regras financeiras apontam para desafios significativos, como observado recentemente em clubes como Everton e Nottingham Forest.
Como as redes multiclubes afetam a integridade do futebol?
As redes multiclubes são um fenômeno crescente, com clubes pertencentes a grandes grupos como o City Football Group e a Red Bull. Isso levanta preocupações sobre a integridade competitiva. Com mais clubes integrados a essas redes, há riscos como a influência desproporcional de corporações e a potencial manipulação de resultados, já que clubes geridos por um mesmo grupo podem se enfrentar em competições.
Embora as aquisições multiclubes sejam uma tendência consolidada, o fenômeno está enfrentando sinais de desaceleração devido à estabilização nos valores dos direitos de transmissão e desafios econômicos globais. Especialistas alertam sobre o poder concentrado e as possíveis implicações negativas no mercado de transferências e na relação entre clubes e jogadores.





