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Chelsea gasta, mas não conquista na mesma proporção

Investimento ou desinvestimento? O Chelsea segue gastando milhões por temporada e termina o ano sem troféus

O Chelsea de Roman Abramovich já não existe mais, e o torcedor dos Blues precisa se acostumar com isso. Mas a verdade é que a tarefa de esquecer o ex-dono não tem sido nada fácil pelos lados de Stamford Bridge. Após tempos de glória vivido sob o comando do bilionário russo, o clube londrino foi vendido ao consórcio liderado pelo empresário norte-americano Todd Boehly, em maio de 2022. Desde então, tudo mudou na instituição, e pode-se dizer que para pior.

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Se com Abramovich o Chelsea formava times fortes, era presença assídua na Champions League e costumava lutar pelos principais títulos em disputa, a chegada de Boehly trouxe ao clube uma nova rotina. Gastos exorbitantes no mercado, contratações que fazem pouco sentido para o presente, elenco caro e com lacunas a serem preenchidas, campanhas fracas na Premier League, técnicos sem respaldo e nenhum título conquistado.

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Chelsea e seu elenco inchado e sem direção certa

Mais de 40 jogadores no plantel e, ainda assim, claras deficiências apresentadas. Esse é o Chelsea na gestão Boehly. Uma administração que empilha contratações de jovens jogadores e bate recordes de transferências, mas é incapaz de formar um elenco coeso e estruturado. Em toda temporada, o roteiro se repete. Neste início de 2024/2025, por exemplo, os Blues já gastaram 189 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) comprando nove jogadores. Tirando Adarabioyo, nenhum deles tem mais de 25 anos.

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Com um elenco inchado, o Chelsea se vê obrigado a vender peças nesta reta final de janela. Dito isso, ao mesmo tempo em que precisa fazer caixa se desfazendo de jogadores, o clube sabe que ainda tem lacunas importantes a serem preenchidas. Entre as carências está a falta de um camisa 9 confiável. Nicolas Jackson, apesar da boa temporada de estreia em 2023/24, já mostrou não ter o estilo matador/artilheiro. Marc Guiu, garoto prodígio vindo da base do Barcelona, não parece pronto, já que só tem 18 anos e nunca jogou no futebol inglês.

Victor Osimhen, do Napoli, é o alvo prioritário da diretoria. Caso feche com o bom atacante nigeriano, o Chelsea dá um salto de qualidade e resolve o problema no setor. Mas e as outras posições? Há um buraco na zaga após a saída de Thiago Silva? Os amistosos de pré-temporada mostraram que a situação é preocupante.

Gastos em contratações “vazias”

Dos 12 reforços do Chelsea em 2023/24, muitos deles não correspondem. Principal destaque do time, Cole Palmer teve números expressivos e “cansou” de decidir jogos. Moisés Caicedo oscilou, contudo, terminou a Premier League em alta. Já Nicolas Jackson e Petrović cumpriram bem suas respectivas funções e agregaram na equipe de Pochettino. Em contrapartida, Roméo Lavia, Nkunku e Ugochukwu sofreram com lesões e perderam grande parte da temporada.

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Os Blues investiram em nove nomes até o momento na janela, dos quais apenas quatro tem presença garantida no elenco de Maresca para esta temporada. São eles: Pedro Neto, Dewsbury-Hall, Filip Jörgensen e Tosin Adarabioyo. A pergunta que fica é: são jogadores capazes de causarem impacto e fazerem a diferença?

Maresca e seu novo estilo no Chelsea

Como se não bastasse a falta de experiência de boa parte do elenco e as lacunas que o plantel possui, o Chelsea ainda terá que lidar com a implementação de um novo sistema de jogo. Afinal, as ideias de Maresca são completamente diferentes de seu antecessor, Mauricio Pochettino.

Em poucas palavras, Maresca pensa futebol com posse, pressão e precisão. O ex-auxiliar de Guardiola é adepto de um estilo que mescla tradições italianas de disciplina tática com a fluência e a criatividade do futebol espanhol e inglês. Ele valoriza e pede a todo momento que seus jogadores mantenham a posse de bola, mas não por mero capricho. Seu pensamento é estratégico e visa utilizar o protagonismo com a bola como uma ferramenta para ditar o ritmo da partida e desmantelar a defesa adversária.

O jogo posicional é um aspecto central do trabalho de Maresca. Os atletas são treinados para ocupar espaços específicos no campo, criando linhas de passe e triangulações constantes. A ideia é ludibriar a marcação e conseguir brechas para conclusão a gol. Isso não só leva tempo para ser empregado, bem como exige inteligência tática, entendimento coletivo e concentração.

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