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Sobrevivente do genocídio de Ruanda é porta-bandeira em Londres

O ciclista Adrien Niyonshuti quer que o mundo conheça Ruanda como um país com potencial esportivo, e não como a nação que viveu terríveis massacres nos quais morreram milhares de seus compatriotas há quase 20 anos. Niyonshuti, um dos sete atletas de seu país que competem nos Jogos Olímpicos de Londres e o único ciclista, […]

O ciclista Adrien Niyonshuti quer que o mundo conheça Ruanda como um país com potencial esportivo, e não como a nação que viveu terríveis massacres nos quais morreram milhares de seus compatriotas há quase 20 anos.

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Niyonshuti, um dos sete atletas de seu país que competem nos Jogos Olímpicos de Londres e o único ciclista, terá a honra de levar a bandeira de sua nação na cerimônia de abertura dos Jogos nesta sexta-feira.

Enquanto a única aspiração deste jovem africano de 25 anos é terminar “no top 20” da prova de mountain bike, seu principal objetivo é outro.

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“Acima de tudo, gostaria que as pessoas vissem o meu país em termos de esporte, ou apenas como uma grande nação”, disse Niyonshuti.

“A primeira coisa que as pessoas pensam é no genocídio, mas isso foi há 18 anos. Quero que as pessoas se concentrem nos aspectos positivos do meu país”, acrescentou.

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Para Niyonshuti, os massacres em Ruanda, que terminou com a morte de quase um milhão de pessoas, continuam a ser uma dura recordação.

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Seus seis irmãos e amigos foram mortos, enquanto ele, então uma criança, conseguiu sobreviver se escondendo em pequenos buracos no chão.

Quase duas décadas depois, Niyonshiti se prepara para alcançar o auge de sua carreira: “Estou muito feliz por carregar a bandeira, mas não me sinto mais especial do que outros atletas selecionados para os Jogos”.

“Toda vez que Adrien corre, a África corre com ele”, disse o presidente da Federação de Ciclismo de Ruanda, Aimable Bayingana.

“As crianças se identificam com ele e muitos gostariam de praticar o ciclismo, mas infelizmente não temos os meios para ajudar tanto quanto gostaríamos”, declarou.

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