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Ponte vence Corinthians, que cai pela terceira vez seguida

Em mais uma atuação sofrível, time comandado por Tite é derrotado por 2 a 0

A crise chegou de vez ao Corinthians. Nesta quarta-feira, em mais uma atuação sofrível, o time comandado por Tite foi derrotado pela Ponte Preta por 2 a 0, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, e conheceu a sua terceira derrota consecutiva – antes para Botafogo e Goiás. Com apenas um ponto ganho nos últimos 15 disputados, o Corinthians segue com 30 pontos, mas caiu para a sétima colocação, longe da zona de classificação à Libertadores.

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Um sintoma de que a fase é muito ruim apareceu depois do jogo, com torcedores encostados no alambrado do Moisés Lucarelli gritando: “Ou joga por amor, ou por terror” e “Não é mole não, já tá na hora de voltar lá do Japão”. Os jogadores, de cabeça quente, desceram rápido para o vestiário. Um cenário que há tempos o campeão do mundo não via.

A equipe de Campinas, desesperada para fugir do rebaixamento à Série B, pode respirar um pouco. Ainda está na penúltima colocação, com 19 pontos, mas diminuiu a diferença para o primeiro time fora da zona de degola, o Criciúma, que tem 24.

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O jogo – Apesar do primeiro tempo terminar em 0 a 0, até ali o jogo mostrava a Ponte Preta desperdiçando uma sequência de gols, do apito inicial ao intervalo. Com Chiquinho, o nome do jogo, para o bem e para o mal, Adrianinho e Alef. Foram eles contra Cássio, vendido em todos os lances. A facilidade com que a Ponte encurralou o Corinthians teve relação direta com as falhas que o time de Tite apresentou nas laterais, principalmente pelo lado direito da defesa, e no meio de campo, aliás a ausência dele.

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A aposta em Maldonado só reforçou o discurso daqueles que criticaram a sua contratação. Ele começou jogando no meio de campo pelo lado esquerdo. Tinha praticamente uma função nula pelo setor. Nem marcou nem criou. O outro lado da defesa viveu 45 minutos de pura emoção. Os espaços que havia ali foram tantos que Chiquinho invadiu à área por pelo menos três vezes, na cara de Cássio, e ele só não abriu por falta de sorte e, também, de competência.

Tite, solitário na área técnica, gritou menos com o time do que de costume, embora tenha tentado de tudo para arrumar a equipe com a bola rolando. Chamou Maldonado e mandou o chileno à lateral direita. E pediu para que ele não saísse mais dali, em uma tentativa de minar a principal jogada da Ponte Preta.

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Edenílson foi jogar no setor onde ele erra menos, no meio de campo. E Alexandre Pato e Romarinho inverteram de lado no ataque para vencer a marcação. Mas não adiantou. Foram presas fáceis para os laterais da Ponte Preta e os zagueiros seguravam Guerrero, autor do único chute na direção de Roberto no primeiro tempo. Mas a melhor chance, no entanto, com Pato, e depois Ralf, nasceu de uma bola parada.

As alterações feitas por Tite no intervalo, sacando Alexandre Pato e Romarinho, pelo menos conseguiram com que a equipe equilibrasse as forças. O time encorpou com Danilo e Emerson. Edenílson voltou à lateral e Maldonado, ao meio, como volante. A Ponte Preta parou, mas só até os 30 minutos.

A parti daí, a equipe de Campinas melhorou e foi para cima. Adailton chutou e o Cássio defendeu. Uma, duas vezes. Nova chance, mais uma vez com Adailton, e Maldonado, de carrinho, colocou para escanteio. Sufoco e pressão que se traduziram no gol de Fellipe Bastos, de falta, aos 42 minutos. No final, aos 48, Adailton ganhou na corrida de Gil, dividiu com Cássio e sacramentou a vitória da Ponte Preta.

(Com Estadão Conteúdo)

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