O explosivo Balotelli ganha o jogo e o Maracanã
No Maracanã, o maestro Pirlo foi eleito o melhor em campo pela Fifa; no Recife, o prêmio foi para o extraordinário Iniesta. Nem mesmo esses dois craques consagrados, porém, são capazes de roubar os holofotes de Mario Balotelli, 21 anos, o grande astro do segundo dia da Copa das Confederações. Forte, explosivo e sempre marrento, […]
No Maracanã, o maestro Pirlo foi eleito o melhor em campo pela Fifa; no Recife, o prêmio foi para o extraordinário Iniesta. Nem mesmo esses dois craques consagrados, porém, são capazes de roubar os holofotes de Mario Balotelli, 21 anos, o grande astro do segundo dia da Copa das Confederações. Forte, explosivo e sempre marrento, ele foi um perigo constante à defesa do México na vitória da seleção italiana, no Rio de Janeiro. Vitória que, aliás, só veio graças a ele, que marcou o gol decisivo da partida – isso depois de ter ameaçado várias vezes o goleiro Corona, inclusive numa tentativa de gol por cobertura, da intermediária. Curiosamente, Balotelli tinha acabado de ser vaiado em coro pelo torcedor brasileiro – fez um grande escândalo ao reclamar de um pênalti não marcado. Também já havia se estranhado com dois mexicanos na segunda etapa. Boa parte do estádio cantou uma provocação ao camisa 9 da Azzurra. Menos de 20 minutos depois, o coro era outro: “Uh, é Balotelli”, frase repetida pelo estádio inteiro quando ele foi substituído, faltando poucos minutos para o fim. Ao marcar o segundo gol e decidir o jogo, o mercurial astro italiano tirou a camisa, repetindo uma comemoração marcante vista na Eurocopa do ano passado. Tomou o cartão amarelo e uma bronca do técnico Cesare Prandelli. “Ele já mostrou os músculos, todo mundo já viu. Não precisa mais tirar a camisa”, disse o chefe. Ao sair de campo, Balotelli disse que não sabia que dois amarelos resultavam em suspensão no torneio – regra comum em competições da Fifa e da Uefa. “Não vou fazer de novo”, garantiu. Que ninguém leve a promessa do temperamental e imprevisível craque italiano muito a sério.
(Giancarlo Lepiani, do Rio de Janeiro)
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