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No calor da Bahia, artilheiros brilham: 3 jogos, 17 gols

Antes do início da Copa do Mundo, o clima era uma das principais preocupações das equipes que embarcavam rumo ao Brasil. Passados nove dias de competição, porém, as variações de temperatura não parecem ter tido grande impacto sobre o desempenho das equipes – pelo menos no setor ofensivo. Seleções europeias que chegaram temendo o calor […]

Antes do início da Copa do Mundo, o clima era uma das principais preocupações das equipes que embarcavam rumo ao Brasil. Passados nove dias de competição, porém, as variações de temperatura não parecem ter tido grande impacto sobre o desempenho das equipes – pelo menos no setor ofensivo. Seleções europeias que chegaram temendo o calor fizeram ótimas partidas, mesmo no Norte e Nordeste; times vindos de países com temperaturas mais parecidas com as do Brasil, por sua vez, tropeçaram. A Suíça, por exemplo, virou sobre o Equador no último momento da partida, disputada no início da tarde na seca e abafada Brasília; Camarões tomou de quatro da Croácia na Arena da Amazônia, em Manaus; Gana perdeu para os Estados Unidos mesmo acreditando que levaria alguma vantagem por jogar em Natal. Por enquanto, não ficou evidente nenhuma influência negativa da temperatura sobre a qualidade dos duelos. No Nordeste, por exemplo, há o fabuloso caso da Fonte Nova, palco das maiores goleadas do torneio, mas também o da Arena das Dunas, que teve jogos bem menos empolgantes.

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Em Salvador, foram marcados nada menos de dezessete gols em três partidas, média incrível de 5,6 tentos por jogo. Na sexta, o estádio baiano recebeu a maior goleada da competição, o massacre da França sobre a Suíça, 5 a 2. Antes, já havia visto os 5 a 1 da Holanda sobre a Espanha e os 4 a 0 da Alemanha sobre Portugal. De acordo com os números do banco de dados da Opta, líder mundial no registro detalhado dos grandes jogos do futebol internacional, nessas três goleadas de Salvador foram executadas 89 tentativas de gol (incluindo chutes que não acertaram o alvo). Por outro lado, na Arena das Dunas, as três partidas realizadas até sexta registravam uma soma de só quatro gols, média de apenas 1,3 por jogo. Da mesma forma, Sul do país, as temperaturas amenas não são garantia de bom desempenho: o Beira-Rio teve oito gols em dois jogos (média de 4), enquanto a Arena da Baixada registrou só três em duas partidas (média de 1,5). Por enquanto, mesmo com uma ampla gama de condições climáticas, a Copa não tem regiões favoráveis ou desfavoráveis à performance dos atletas – ainda que, curiosamente, alguns estádios, no calor ou no frio, estejam sendo palcos generosos com os atacantes, como é o caso da Fonte Nova.

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(Giancarlo Lepiani)

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