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Maradona pede ‘justiça’ e nega dívidas fiscais na Itália

Ex-jogador diz que culpa por impostos não pagos é dos dirigentes do Napoli

“Eu não matei ninguém e estou aqui para buscar justiça”, disse Maradona nesta terça, cercado por advogados e guarda-costas

Em visita à Itália, o ex-jogador argentino Diego Maradona fez nesta terça-feira um apelo para que as autoridades italianas limpem seu nome e o absolvam em um caso de evasão fiscal. Ele é acusado pela receita italiana de sonegar, em valores atualizados, cerca de 40 milhões de euros (105 milhões de reais), e chegou a sugerir um encontro com o presidente do país, Giorgio Napolitano, para resolver o impasse. “Eu não matei ninguém e estou aqui para buscar justiça”, disse o astro argentino em entrevista coletiva, cercado por advogados e guarda-costas. “Eu quero acreditar que a justiça existe. Eu quero justiça para que eu possa andar livremente na Itália e em Nápoles.”

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O jogador, que defendeu o Napoli de 1984 a 1991, diz que a culpa por não ter pago os impostos devidos é dos antigos dirigentes do clube. “Por que eu tenho que pagar e não eles? Eu sou uma vítima, porque eu ganhei muito, mas eu não sabia nada sobre as questões contratuais. Eu estou mostrando o meu rosto, porque eu não matei ninguém. Se o presidente Napolitano quiser falar comigo, eu vou explicar tudo para ele”, avisou.

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O advogado de Maradona, Angelo Pisani, disse recentemente que seu cliente venceu a disputa, mas a informação foi negada pelas autoridades fiscais italianas. Nos últimos anos, Maradona teve objetos apreendidos sempre que visitou a Itália – dois relógios Rolex, um brinco de diamante e um cachê de 3 milhões de euros pela participação em um programa de televisão. Em 2010, os planos para uma partida em Nápoles celebrando o aniversário de 50 anos de Maradona tiveram de ser abandonados por causa das ameaças de autoridades fiscais.

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Maradona viajaria ainda nesta terça-feira para Dubai, mas deve voltar a Nápoles para assistir ao jogo entre Napoli e Juventus, na sexta-feira, pelo Campeonato Italiano. Seu ex-clube está sete pontos atrás do rival na briga pela liderança, e o argentino quer levar seu neto à partida. “Eu quero que ele veja o que o vovô fez aqui. Não quero que ele venha para cá e ache que eu sou lembrado como um desertor, que eu não sou”, disse Maradona.

(Com Estadão Conteúdo)

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