O judoca Leandro Guilheiro, líder do ranking mundial da categoria até 81 kg, perdeu a chance de disputar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres ao ser derrotado na repescagem pelo japonês Takahiro Nakai. Leandro perdeu a luta por ter levado uma penalidade por falta de combatividade. O brasileiro já tinha sido eliminado […]
O judoca Leandro Guilheiro, líder do ranking mundial da categoria até 81 kg, perdeu a chance de disputar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres ao ser derrotado na repescagem pelo japonês Takahiro Nakai.
Leandro perdeu a luta por ter levado uma penalidade por falta de combatividade. O brasileiro já tinha sido eliminado da disputa pelo ouro nas quartas de final, ao perder por waza-ari para o americano Travis Stevens.
O brasileiro parecia sereno, apesar da decepção, e analisou suas derrotas com muita frieza.
“Eu perdi dentro do tatame. As derrotas não aconteceram por causa de uma coisa que veio de fora, fiz a melhor preparação possível para estas olimpíadas. Os caras foram melhores do que eu”, admitiu Guilheiro.
“Eu treinei tudo, o físico, a mente, o judô… Fiz tudo o que podia. A dor que eu sinto agora não desejo para ninguém, é uma grande paulada, mas pelo menos saio sabendo que fiz tudo e o ciclo olímpico que tive antes de vir aqui mostra isso”, afirmou.
O paulista de 28 anos explicou que não conseguiu se adaptar taticamente aos adversários.
“Sempre gostei de segurar no quimono e eles não me deixaram tempo para fazer isso. O japonês ficava batendo cabeça, não me deixaram espaço para chegar e o americano tinha uma envergadura maior e não me deixava segurá-lo. Foram situações para as quais eu me preparei nos treinos, mas na hora, não deu para resolver”, analisou.
Mesmo com a decepção, Guilheiro ainda está motivado em seguir no judô por muitos anos.
“Minha história certamente não termina aqui, estou no melhor momento da minha carreira, da minha vida e não vai ser uma derrota, por mais significativa que seja, que vai me deixar para trás. Vejo tantas possibilidades, tantas coisas que ainda posso melhorar que não me vejo acabando com tudo”, explicou.
“Eu me sinto vivo, já passei por muitos obstáculos, minha carreira foi marcada pela superação e talvez essa derrota seja mais uma provação que eu tenha que passar para me tornar melhor ainda. Certamente tenho uma lição muito preciosa para levar daqui, mas só vou saber disso com tempo”, completou.
Na segunda luta, Leandro havia derrotado o marroquino Saffouane Attaf por ippon. Na estreia, superou Konstantis Ovchinnikovs, da Letônia, por duas advertências para o europeu, o que representa um yuko.
Guilheiro já havia tinha conquistado dois bronzes olímpicos, em Atenas-2004 e Pequim-2008, na categoria até 73 kg.
Além dos dois pódios olímpicos, Leandro foi bronze no Mundial de Paris-2011 e prata em Tóquio-2010.