Publicidade
Publicidade

Jogamos com a Cafusa, bola oficial da Fifa. Ela não gostou

Maltratada por atletas de fim de semana durante evento-teste em São Paulo, a nova bola da Adidas já mostrou que, ao contrário da Jabulani, é de confiança

Macia e gostosa no contato com a chuteira, a gorduchinha obedece com humildade aos comandos dos jogadores, seja um chute com efeito ou a opção por uma batida seca

Em 2010, quando a Jabulani, bola oficial da Copa do Mundo da África do Sul, chegou aos pés dos jogadores e às mãos dos goleiros, a chiadeira foi geral. Leve e instável, o esférico parecia realmente ter vontade própria, produzindo a cada chute curvas de fazer inveja a uma passista de escola de samba. Para a Copa das Confederações, a Adidas, fornecedora de material esportivo da Fifa, confeccionou a Cafusa, apresentada em São Paulo durante o sorteio dos grupos do torneio, em dezembro. Cinco meses depois, a redonda voltou oficialmente à cidade para rolar no gramado do Centro de Treinamento do Audax, em um evento-teste promovido pela marca alemã para jornalistas e funcionários da empresa. Trocando a caneta pelas chuteiras, a reportagem do site de VEJA entrou em campo e constatou que não houve críticas à bola – ao contrário, só foram ouvidos elogios. Desta vez, quem reclamou foi mesmo a Cafusa, submetida a uma longa sessão de tortura pelos pés descalibrados dos atletas de fim de semana.

Publicidade

Leia também:

Leia também: A bola de 2013: depois de ‘Brazuca’ com z, ‘Cafusa’ com s

Em gramados internacionais, a Cafusa já foi utilizada em algumas competições, caso do Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, e da final da Copa do Rei, na Espanha, no dia 17 de maio. Também os profissionais parecem ter aprovado a bola, que apresenta uma importante diferença em relação à Jabulani. Enquanto a estrela da Copa de 2010 contava apenas com oito gomos, a Cafusa tem 32, unidos termicamente para formar uma superfície sem costuras – e permitindo, assim, uma trajetória mais previsível do que a da rebelde antecessora. De fato, no teste no campo de grama sintética, foi possível notar que a bola da Copa das Confederações, para desespero dos pernas-de-pau e frangueiros, não pode ser usada como desculpa para falhas bisonhas. Macia e gostosa no contato com a chuteira, a gorduchinha obedece com humildade aos comandos dos jogadores, seja um chute com efeito ou a opção por uma batida seca.

Acompanhe VEJA Esporte no Facebook

Siga VEJA Esporte no Twitter

A Adidas garante que a Cafusa, cujo exterior é composto por 85% de poliéster e 15% de uma malha de algodão, é virtualmente impermeável, mesmo em situações de dilúvio. No dia da avaliação em São Paulo, o tempo seco não permitiu a comprovação dessa característica – fato que não gerou, contudo, nenhum tipo de queixa dos participantes, talvez porque o advento da chuva atrapalhasse o churrasco que os esperava ao final da atividade. Dolorida, mas com a sensação de dever cumprido, a Cafusa deixou São Paulo e partiu para Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza, as seis cidades-sede da Copa das Confederações, onde será o centro das atenções de 15 a 30 de junho. Depois disso, pendurará as chuteiras a fim de abrir espaço para a Brazuca, bola oficial da Copa de 2014 (que ainda não foi apresentada). Antes, porém, seguem aqui nossas sinceras desculpas pelos maus tratos e os melhores votos de boa sorte.

Publicidade
Continua após a publicidade

Publicidade