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Imagem no chão: os planos do PSG para levantar Neymar

Jogador volta à França sem a taça, sem um desempenho de destaque, fora da corrida pelo título de melhor do mundo e à sombra de Mbappé

A crise de imagem de Neymar pelo mundo se transferiu para o PSG assim que a Copa acabou, há uma semana. Fontes de alto escalão do clube de Paris afirmam que estão “cientes” de que vão receber de volta um jogador com sua reputação abalada e que o assunto será motivo de “conversas” e redirecionamentos. Na Europa, especula-se que o brasileiro não será apontado como um dos melhores do mundo pela Fifa. Seu projeto de desbancar Messi e Cristiano Ronaldo, e agora alguns outros, como Griezmann, Mbappé e Modric, que entraram na corrida pelo prêmio, terá de ser refeito e adiado por mais uma temporada. Não está descartado um controle maior aos passos do jogador em Paris.

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Neymar terá de fazer sua parte. E ele já começou. Quinta-feira, reuniu a nata da sociedade esportiva e artística em São Paulo para um leilão com arrecadação, de 3,5 milhões de reais, revertida ao instituto que leva o seu nome. O evento contou com a presença do catariano Nasser Al-Khelaifi, dono do PSG.

O clube tem todo o interesse em trabalhar para superar a crise de credibilidade de Neymar e aguarda o fim das férias de verão na Europa para restabelecer contato. Em breve, ele vai se reapresentar em Paris. A meta é que o assunto seja tratado de forma profissional e que o jogador entenda a necessidade de agir de outra maneira. O PSG não faz isso apenas pelo respeito que tem com Neymar. Mas por uma constatação financeira: parte importante de seu modelo econômico foi baseada na chegada do astro.

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A venda de direitos de TV aumentou seus preços com Neymar, os acordos comerciais se proliferaram e o valor de 222 milhões de euros (880 milhões de reais) pago pelo atacante passou a ser contabilizado como um investimento mais amplo do que uma mera aquisição.

Com a Copa do Mundo, esse modelo sofreu um abalo. E não é o único. O PSG admite que o equilíbrio de poder dentro do elenco pode sofrer abalos após a competição na Rússia.

Antes de sair para a Copa, o brasileiro era o centro das atenções e a pessoa mais influente do vestiário. Neymar chegou a Paris como o “cara” da nova fase do clube. Já naquela época, alguns jogadores torceram o nariz. Ele havia tomado a decisão de sair do Barcelona para fugir também da sombra de Messi. Em seus planos estavam uma Copa exemplar, um eventual título mundial e o caminho aberto para ser o melhor jogador do planeta em 2018.

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No lugar disso, Neymar volta à França sem a taça, sem um desempenho de destaque e fora da corrida pelo título de melhor jogador do mundo. Teve a imagem arranhada por simular faltas e virou meme nas redes sociais. Agora ele terá de conviver com colegas que passaram a ser tratados como heróis nacionais. Está à sombra dele mesmo e de Mbappé.

Por isso, os cartolas do PSG apontam que a temporada 2018/2019, que começará em um mês, pode ser radicalmente diferente para ele. Mbappé, coadjuvante de Neymar, retorna como campeão do mundo e novo “queridinho da França”.

Entre alguns dirigentes esportivos, os comentários em relação ao brasileiro eram críticos após a Copa. Para os europeus, se o Brasil saiu da disputa derrotado em um jogo equilibrado contra a Bélgica, quem de fato perdeu foi Neymar. Gianni Infantino, presidente da Fifa, chegou a rir do comportamento do atleta brasileiro em uma entrevista coletiva em Moscou.

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