“É exatamente por desafios naturais encontrados em grandes obras – como a série de chuvas fortes observadas em Brasília – que os estádios devem ser entregues com a antecedência necessária”, diz a Fifa
A partir desta quarta-feira, os trabalhos no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, estarão sob o olhar permanente de representantes da Fifa. O adiamento da inauguração da nova arena, palco da abertura da Copa das Confederações, deixou a entidade tão preocupada que decidiu-se manter a obra sob “monitoramento diário e in loco”, conforme comunicado divulgado pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. Os responsáveis pela obra culparam as fortes chuvas na capital federal pelo atraso na entrega, que aconteceria no domingo. Agora, serão observados de perto até o fim do novo prazo, em 18 de maio. Depois do anúncio do adiamento da inauguração, o diretor-geral da Fifa no Brasil, Ron DelMont, o diretor executivo do COL, Ricardo Trade, e o secretário executivo do ministério do Esporte, Luis Fernandes, procuraram Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, para obter detalhes da demora adicional. “A Fifa e o COL demostraram preocupação com os prazos apertados e o curto período disponível para os eventos-testes que garantem o sucesso operacional de eventos da magnitude da Copa das Confederações”, diz a nota divulgada na noite de terça.
Os representantes da organização do evento marcaram uma nova inspeção ao estádio em duas semanas. Além das obras nos próprios estádios da Copa das Confederações – seis no total -, a Fifa e o COL também estão apreensivos com a contratação e montagem das estruturas temporárias necessárias para o torneio. O comunicado divulgado pelos dirigentes deixa claro que a justificativa apresentada por Brasília não foi bem aceita. “A Fifa e o COL voltam a ressaltar que é exatamente por desafios naturais encontrados em grandes obras – como a série de chuvas fortes observadas em Brasília – que os estádios devem ser entregues com a antecedência necessária”, diz o texto, que também repete a advertência sobre a “tolerância zero” com novos atrasos para a Copa do Mundo. “Isso significa dizer que a flexibilidade observada nos prazos da Copa das Confederações não será a mesma para a Copa do Mundo, quando não serão feitas exceções.” De acordo com os organizadores, “todos os estádios deverão ser entregues até o fim de dezembro deste ano, sem concessões por parte da Fifa”.