Felipão diz que viagens pelo Brasil são um ‘inferno’
O técnico Luiz Felipe Scolari chamou de “inferno” a peregrinação da seleção pelo Brasil nesta Copa das Confederações. Felipão se referia ao assédio do torcedor a todo instante, aos pedidos que chegam à comissão técnica e aos mandos e desmandos do COL (Comitê Organizador Local) e da Fifa. Também reclamou que seu time não tem […]
O técnico Luiz Felipe Scolari chamou de “inferno” a peregrinação da seleção pelo Brasil nesta Copa das Confederações. Felipão se referia ao assédio do torcedor a todo instante, aos pedidos que chegam à comissão técnica e aos mandos e desmandos do COL (Comitê Organizador Local) e da Fifa. Também reclamou que seu time não tem um lugar fixo para treinar, uma casa, e que isso provoca desgaste e dificuldades. “Em 2002 era fácil porque era fora do Brasil. Aqui é um inferno. O grande problema do Brasil na Copa é ter a competição no país. Era muito mais fácil jogar lá fora”, disse o treinador no programa Bem, Amigos!, da TV Globo.
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Ao lado de Parreira, Felipão também condenou as condições oferecidas ao grupo, como os ônibus com vidros escuros, impedindo um contato melhor com o torcedor. “Não fomos nós que pedimos ônibus com vidros escuros, em que o torcedor não consegue sequer dar um aceno para os jogadores. Essa condição nos foi imposta”, disse Parreira.
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Felipão já pediu para o povo “abraçar” a seleção e diz que pretende “mudar” algumas regras do COL e da Fifa para estreitar esse relacionamento. Provavelmente os treinos deverão ser abertos – não todos -, mas pelos menos um, e com a participação maior do público nos locais. No Presidente Vargas, em Fortaleza, a torcida demorou a entrar e pôde ver os jogadores não mais que 30 minutos.
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Vilão – Felipão disse ainda que não é ele quem fecha o treino. “O público pensa que são os membros da seleção que fazem isso. Não é verdade. Somos muitas vezes obrigados a fechar. A Fifa exige, o COL exige. Gosto de liberar nas vésperas de jogos, porque acho absurdo as pessoas poderem ver só a roda de bobinhos dos 15 minutos inicias. Às vezes tem campeões do mundo assistindo ao treino e eles vão embora aos 15 minutos?”
Felipão disse que já fez um pedido à Fifa para liberar o começo ou o fim dos em 2014. “Preferimos no final, para o torcedor ver o trabalho que está sendo feito”, disse Parreira. Felipão só teme que o assédio acabe em confusão e contou que no treino de segunda Lucas pediu para atirar a camisa aos torcedores. “Eu disse não, porque se ele vai lá, atira a camisa e dá uma confusão, alguém cai e se machuca, ainda seremos responsabilizados por isso. Não podemos assumir esse compromisso.”
(Com Estadão Conteúdo)