Com ar enfezado, mascote da seleção brasileira ganhou a torcida
O Canarinho de semblante carregado caiu no gosto popular e deve ganhar uma linha de 20 produtos oficiais
No avião da seleção que vai para a Copa do Mundo da Rússia um assento já está reservado para um integrante de camisa amarela, calção azul, bastante carisma e grande importância para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mesmo sem entrar em campo, a mascote oficial da seleção, o Canarinho, tem hoje quase a popularidade de um jogador do técnico Tite e pode ser ainda rentável para a entidade.
O pássaro amarelo, de semblante sisudo e personalidade forte, foi lançado em outubro de 2016 e chegará às prateleiras em maio. Devido ao sucesso (ele caiu no gosto popular), o Canarinho vai ganhar uma linha de cerca de 20 produtos para crianças. O torcedor poderá comprar uma pelúcia de 40 cm ou itens com a cara do bicho, sempre zangado, como copos, protetor de celular e ímãs de geladeira.
Um dos criadores da mascote, o diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, afirmou que o sucesso do Canarinho com o público foi uma surpresa. “Nós tínhamos a ideia de aproximar a torcida da seleção, principalmente das crianças. Pensamos em uma figura para personificar o torcedor, mas queríamos uma que tivesse atitude de firmeza, força e seriedade. Um Canarinho ao mesmo tempo bravo e legal”.
O pássaro amarelo viajou com a seleção para os amistosos de março e em Moscou encontrou o colega Zabivaka, a mascote da Copa do Mundo. Em uma foto, o simpático lobo russo de aparência inofensiva cumprimentava um bicho de cara séria e cenho franzido.
Pelo menos três funcionários da CBF se revezam no papel de Canarinho. “Precisa ser alguém realmente bom de bola porque tem de fazer embaixadas vestido com aquela roupa especial”, disse o diretor. As identidades são mantidas em sigilo.
A cara enfezada da mascote vai continuar por muito tempo, independentemente do resultado na Copa do Mundo. “O Canarinho, assim como a seleção brasileira, vai querer ganhar ainda mais”, afirmou Gilberto Ratto.